19 de jul. de 2024

O APAGÃO CIBERNÉTICO GLOBAL

 



O Apagão Cibernético Global.


O mundo presenciou na sexta-feira, 19 de julho de 2024, um evento rompível: um apagão cibernético de proporções globais. Uma falha na plataforma da Microsoft, causada por um defeito em uma atualização de conteúdo para hosts Windows, desencadeou uma onda de instabilidade que impactou diversos setores.

Companhias aéreas: 

Voos cancelados ou atrasados, sistemas de check-in indisponíveis e caos nos aeroportos.

Instituições financeiras:

Operações bancárias paralisadas, impossibilidade de realizar saques e pagamentos online.

Telecomunicações:

Quedas em serviços de telefonia, internet e televisão.

Empresas de diversos portes: 

Dificuldades de acesso a dados e sistemas essenciais, atrasos em operações e prejuízos financeiros.

Embora os serviços tenham sido gradualmente restaurados ao longo das horas seguintes, o apagão cibernético serviu como um lembrete alarmante da nossa dependência da infraestrutura digital e dos riscos inerentes.


Analisando os impactos:


Economia: 

Milhões de dólares em perdas devido à interrupção de atividades e à queda da produtividade.

Reputação: 

Empresas sofreram danos à sua imagem e à confiança dos clientes.

Sociedade: 

Desorganização da vida cotidiana, com impactos na comunicação, na mobilidade e no acesso a serviços essenciais.


Lições aprendidas:


A importância da redundância: 

Sistemas críticos precisam ter backups e mecanismos para garantir a continuidade das operações em caso de falhas.


A necessidade de cibersegurança robusta:

Empresas devem investir em medidas de proteção contra-ataques cibernéticos e garantir a integridade de seus dados.

Planos de contingência: 

É crucial ter planos detalhados para lidar com situações de crise, como apagões cibernéticos, minimizando os impactos negativos.

Cooperação global: 

Governos, empresas e organizações internacionais precisam colaborar para fortalecer a segurança cibernética e reduzir a vulnerabilidade a esse tipo de evento. 

O apagão cibernético de 19 de julho foi destrutivo a comunicação eletrônica, mas também um alerta, uma oportunidade para aprender e aprimorar nossa resiliência digital. Ao investir em infraestrutura robusta, cibersegurança eficaz e planos de contingência bem elaborados, podemos estar mais preparados para enfrentar os desafios futuros do mundo digital.


15 de jul. de 2024

VARIG

 

Img Museu Varig


A Varig foi fundada no dia 7 de maio de 1927, na cidade de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Embora o primeiro voo comercial da empresa tenha ocorrido no dia 3 de fevereiro de 1927, ligando Porto Alegre, Pelotas e Rio Grande por meio de hidroaviões, a fundação oficial da empresa se deu apenas alguns meses depois, em 7 de maio.

Img Museu Varig

A partir dessa data, a VARIG se consolidou como uma das principais companhias aéreas do Brasil e da América Latina, conectando o país ao mundo e transportando milhões de passageiros ao longo de sua história.

img acervo do autor

Em 1976, quando iniciei na VARIG, a empresa já era um símbolo de orgulho nacional, havendo se tornado a maior companhia aérea da América Latina, conectando o Brasil ao mundo com sua frota imponente e serviço de excelência.

Minha primeira função na empresa foi como despachante de carga. Era um trabalho árduo, mas recompensador. A cada dia, eu aprendia algo novo, desde os meandros da operação aeroportuária até os segredos do atendimento ao cliente.

img acervo do autor

A VARIG era mais do que apenas uma empresa; era uma família. Meus colegas de trabalho se tornaram meus amigos mais próximos, e juntos compartilhamos alegrias, desafios e sonhos. A empresa investia na formação de seus funcionários, e eu tive a oportunidade de participar de diversos cursos e treinamentos que me permitiram crescer profissionalmente.

Naquela época, a VARIG vivia um momento de grande expansão. A empresa incorporava novas aeronaves à sua frota, como os Boeing 707 e 727, e abria novas rotas internacionais para a Europa, África e Ásia. Era um momento de grande entusiasmo e otimismo, e eu me sentia orgulhoso de fazer parte dessa história.

Lembro-me com carinho dos uniformes impecáveis, da comida deliciosa servida a bordo e da hospitalidade inigualável dos comissários de bordo. A VARIG não era apenas uma companhia aérea, era uma experiência completa.

Trabalhar na VARIG na década de 70 foi uma experiência marcante que moldou minha vida profissional e pessoal. A empresa me ensinou a importância do trabalho em equipe, da dedicação e do compromisso com a excelência.

Mais do que um emprego, a VARIG foi uma escola de vida. Ali, eu aprendi a voar alto e a perseguir meus sonhos.

Aos 18 anos, buscando novos horizontes, consegui um emprego como aeroviário no Galeão, ainda chamado na época de Aeroporto Internacional do Galeão. Era um mundo completamente novo para mim, cheio de gente de todos os lugares e histórias para contar.

No meio da bagunça e do corre-corre do aeroporto, eu encontrava um refúgio nos jornais que sobravam do dia. Eram páginas e páginas de notícias, muitas vezes distorcidas pela censura da época, mas que ainda assim me davam um vislumbre do que estava acontecendo no país.

Em momentos de folga, lia avidamente cada linha, buscando entender os meandros da política e da sociedade da época. As notícias de prisões arbitrárias, torturas e desaparecimentos me deixavam indignado, mas também me faziam sentir impotente. O que eu poderia fazer, um simples rapaz da Ilha do Governador, diante de um regime tão poderoso? 

Hoje, quando olho para trás, tenho um sentimento de profunda gratidão por tudo que vivi na VARIG. Aquela época foi um período de ouro para a aviação brasileira, e eu tive a sorte de fazer parte dessa história. A VARIG sempre terá um lugar especial em meu coração.




1 de jul. de 2024

O MARACUJÁ MAL-ASSOMBRADO

 

Imagem blog Escrevinhados

O Maracujá Mal-Assombrado.

A história que estou prestes a contar parece surreal, rocambolesca, mas garanto que cada palavra é verdadeira.

Tudo começou com um presente aparentemente inofensivo: uma muda de maracujá. Sim, apenas uma muda. Mas não qualquer muda, esta era especial. Era um presente de Mestre Jauri, um capoeirista cultivador de plantas conhecido por suas técnicas místicas e sussurros de bruxaria.

Ele me garantiu que ela cresceria e daria muitos saborosos frutos suculentos, porém advertiu: fique sempre de olho, às vezes nem tudo é o que parece ser.

Encantado pela beleza da planta, decidi plantá-la em meu pátio, imaginando-a crescendo sob o sol, dando frutos suculentos e refrescantes.

O que eu não sabia, porém, era que a muda de maracujá de Mestre Jauri era diferente. Ela tinha um lado obscuro, uma sede de vingança que logo se manifestaria.

Noites se transformaram em semanas, semanas em meses, e a planta crescia a um ritmo acelerado, como se estivesse sendo alimentada por alguma força extraordinária. Sim, os galhos se entrelaçavam como tentáculos famintos, buscando frestas e aberturas para se expandir.

A cada dia, o maracujá se tornava mais imponente, mais sinistro. Porém, todos os dias, bebia litros do seu suco precioso, esquecendo-me de cuidá-la, repará-la, como me avisara o cultivador Mestre Jauri.

Certa manhã, ao acordar, senti um arrepio na espinha. Algo não estava certo. As paredes do meu quarto, que ficava no andar superior da casa, pareciam mais úmidas, como se algo verde e viscoso as estivesse invadindo. Abri os olhos devagar, e o que vi me fez gelar a alma.

Galhos de maracujá, como cobras, entrelaçavam-se em torno da minha cama, seus ramos afiados roçando meu rosto. As folhas, antes verdes e brilhantes, agora estavam amareladas e murchas, exalando um odor pútrido que me enjoava. A planta, outrora inofensiva, havia se tornado um monstro vegetal que me cercava, me sufocava.

Em pânico, tentei me livrar dos galhos, mas eles eram fortes demais. Eu me sentia preso, como um inseto em uma teia de aranha. De repente, um pensamento horripilante me ocorreu: Mestre Jauri é um bruxo! Ele havia me alertado, avisado que nem tudo é o que parece ser! A planta me fornecia sucos deliciosos, mas como castigo de não a cuidar, como avisara o mestre Jauri, agora ela me punia por arrancar seus frutos sem cuidá-la como deveria!

Com um grito de desespero, me agarrei aos galhos e os arranquei com todas as minhas forças. A planta soltou um gemido gutural e se retraiu para o pátio, deixando para trás um rastro de folhas murchas e espinhos afiados.

Eu estava livre, mas ainda traumatizado. A partir daquele dia, nunca mais olhei para um maracujá da mesma maneira, hoje vivo com a tesoura de poda no bolso, não convém se arriscar.

A história do maracujá assombrado me ensinou uma lição valiosa:

Nem todos os presentes também não são o que parecem ser. Às vezes, a beleza esconde um lado sombrio, e a inocência pode se transformar em terror.

Quem sabe, em algum canto remoto do mundo, Mestre Jauri ainda cultiva suas plantas amaldiçoadas, à espera de novas vítimas desatentas às brincadeiras macabras…


😕




4 de jun. de 2024

NO LIMIAR DE UM NOVO AMANHÃ

 

img ilustração Pixabay

No Limiar de um Novo Amanhã:

Uma Crônica Sobre a Geopolítica e a Ecologia em Tempos Tumultuados.

Em um mundo marcado por conflitos geopolíticos e pela crise climática, a humanidade se encontra em um momento crucial. As geleiras derretem em um ritmo alarmante, soando um alerta apocalíptico que ecoa pelos vales e picos das montanhas. Guerras travadas em diferentes cantos do planeta lançam sombras sobre o futuro, enquanto a busca por soluções ecológicas e pacíficas se torna cada vez mais urgente.

No tabuleiro geopolítico, nações se chocam em disputas por poder e recursos. O fantasma da guerra nuclear paira no ar, alimentando o medo e a incerteza. Ao mesmo tempo, surgem movimentos de resistência e cooperação internacional, buscando construir pontes entre diferentes culturas e ideologias. A diplomacia e o diálogo se tornam ferramentas essenciais para navegar pelas turbulências do cenário global.

No campo ambiental, a situação é igualmente crítica. As emissões de gases do ‘efeito estufa’ atingem níveis recordes, intensificando o aquecimento global e seus impactos devastadores. Eventos climáticos extremos, como secas, inundações e furacões, se tornam cada vez mais frequentes e intensos, deslocando populações e devastando ecossistemas. A comunidade científica adverte que estamos nos aproximando de um ponto de inflexão irreversível, exigindo ações imediatas e drásticas para evitar um colapso ambiental.

Diante desse panorama desafiador, a humanidade se depara com a necessidade urgente de repensar seus valores e prioridades. A busca por um futuro sustentável e pacífico exige uma mudança radical na forma como interagimos com o planeta e uns com os outros. A cooperação global, a inovação tecnológica e a educação ambiental são elementos essenciais para construir um mundo mais justo, equitativo e resiliente.

É fundamental reconhecer que os desafios geopolíticos e ecológicos estão interligados e não podem ser solucionados isoladamente. A paz duradoura só será alcançada com base na sustentabilidade ambiental, e a proteção do meio ambiente depende de um sistema global pacífico e cooperativo.

Neste momento de encruzilhada, cabe a cada um de nós assumir a responsabilidade por construir um futuro melhor. Devemos nos unir em prol da paz, da justiça social e da proteção ambiental, reconhecendo que o destino do planeta está nas nossas mãos. A mudança é necessária, e o tempo para agir é agora.

Ao abraçarmos a compaixão, a colaboração e a criatividade, podemos superar os obstáculos que nos impedem de alcançar um futuro promissor. Juntos, podemos construir um mundo onde a paz reine, a natureza floresça e a humanidade prospere em harmonia com o planeta. A nova realidade que se desenha exige nossa coragem, determinação e uma visão compartilhada de um futuro melhor.

Lembre-se, cada ação, por menor que seja, pode contribuir para a construção de um amanhã mais sustentável e pacífico. Sejamos a mudança que queremos ver no mundo!




21 de mai. de 2024

A FÚRIA DA NATUREZA CONTRA A NEGLIGÊNCIA HUMANA

 


A fúria da natureza contra a negligência humana.

Desde os primórdios da civilização, a humanidade se viu à mercê das forças da natureza. Terremotos, furacões, inundações e erupções vulcânicas moldaram nosso planeta e nossa história, deixando um rastro de destruição e sofrimento. Mas, se antes esses eventos eram encarados como prova da ira divina ou como forças incontroláveis, hoje, torna-se cada vez mais evidente a responsabilidade humana na intensificação e na frequência dessas catástrofes.

Se por um lado, eventos como o terremoto de Lisboa em 1755 ou a erupção do Krakatoa em 1883 representavam o poder bruto da natureza em sua forma mais devastadora, por outro, eventos recentes como o furacão Katrina em 2005 ou os incêndios florestais na Austrália em 2019 expõem a fragilidade de um sistema ambiental sob constante pressão humana.

O aquecimento global, impulsionado por emissões descontroladas de gases do efeito estufa, intensifica eventos climáticos extremos. Furacões se tornam mais intensos, inundações se alastram com maior rapidez e secas se prolongam por períodos cada vez mais extensos. As geleiras derretem, elevando o nível do mar e ameaçando cidades costeiras. A desertificação avança, devastando áreas agrícolas e deslocando populações.

Mas a ação humana não se limita apenas às mudanças climáticas. Desmatamento desenfreado, exploração predatória de recursos naturais e urbanização desordenada fragilizam os ecossistemas e aumentam a vulnerabilidade das comunidades a desastres naturais. Um exemplo trágico é o rompimento da barragem de Brumadinho em 2019, no Brasil, resultado da negligência e da ganância de grandes empresas mineradoras, e mais recentemente, as inundações no Rio Grande de Sul.

Diante desse cenário alarmante, é crucial reconhecer a nossa responsabilidade como agentes de mudança. Reduzir drasticamente as emissões de gases do efeito estufa, investir em energias renováveis, proteger as florestas e promover um desenvolvimento sustentável são medidas urgentes para mitigar os efeitos das mudanças climáticas e evitar futuras catástrofes.

Ao mesmo tempo, é necessário fortalecer os mecanismos de prevenção e resposta a desastres. Investir em infraestrutura resiliente, implementar sistemas de alerta precoce e promover a educação ambiental são ações essenciais para minimizar os impactos dos eventos extremos e proteger as populações mais vulneráveis.

A fúria da natureza, outrora vista como uma força incontrolável, agora se revela como um reflexo da nossa negligência e da nossa ganância. Cabe a nós, enquanto espécie, tomar as rédeas do nosso destino e construir um futuro mais sustentável e resiliente, onde possamos viver em harmonia com o planeta que nos acolhe.

Negar a nossa responsabilidade é negar a realidade. Ater-se ao passado e ignorar os desafios do presente é condenar-se a um futuro de sofrimento e destruição. Chegou o momento de agirmos com responsabilidade e urgência, antes que seja tarde demais. A natureza já deu seus avisos. Cabe a nós, agora, escolhermos um caminho diferente.