O discurso de revanchismo e ódio do candidato
Aécio Neves, após a segunda derrota nas urnas, não foi atitude extremista, foi só
uma queixa, um desabafo reprimido pela tensão da campanha agora perdida. A
escuta telefônica da conversa da presidenta Dilma com Lula não foi atitude
extremista, foi somente uma escuta indevida, sem querer ser ouvida. A condução
coercitiva com aquele formidável aparato espetaculoso, midiático, não foi
atitude extremista, foi apenas destaque para dar audiência na mídia. As fake news do MBL, divulgadas
sistematicamente nas redes sociais, difamando a presidenta Dilma e o partido
dos trabalhadores, não foram, de forma alguma, atitudes extremistas, só foram
sensacionalismos de tabloide apelativo. O discurso folclórico dos deputados
apoiando o impeachment em nome de
Deus não foi atitude extremista ou fanatismo, só foi a confirmação esperada
pela opinião pública. O midiático Power
Point do ministério público, evidenciando e priorizando a convicção como
prova cabal contra o ex-presidente e o partido dos trabalhadores, não foi
atitude extremista, foi só estrelato jurídico. Aquele apedrejamento, tiros,
relhos, toda aquela violência contra a caravana do Lula e sua militância, não
foi atitude extremista, só foram ânimos mais exaltados dos opositores. Aquele
julgamento do Lula no caso tríplex, cujo imóvel tinha escritura em nome da OAS
— o que, aliás, não havia reforma nenhuma — não foi atitude extremista, foi só
aplicação das normas jurídicas imparciais. Então, o desenrolamento a toque de
caixa, resultando na prisão de Lula sem trânsito em julgado, não foi atitude
extremista, foi apenas o cumprimento normativista de aplicação de lei e justiça
igual para todos. Os tiros desferidos contra o acampamento Marisa Letícia, que
resultou na vítima gravemente ferida, não foram atitudes extremistas, foi
somente um caso isolado de algum grupo mais exaltado. A proibição do Lula em participar,
registrar e, posteriormente, usar seu nome na eleição presidencial, mesmo após
o impedimento de receber visitas ou dar entrevistas, não foi atitude
extremista, só foram critérios avaliados ao bom andamento das eleições. Não.
Nada disso foi atitude extremista. A atitude extremista foi a de Dilma buscar
defesa legal até o fim. Atitude extremista foi Haddad discursar, reconhecendo
democraticamente a derrota. Outra atitude extremista foi ele não faltar com
postura educada para responder às perguntas éticas e nada intimatórias do
Jornal Nacional da Rede Globo, enquanto ele falava em democracia, defesa social
aos mais pobres, destacando projetos fundamentais de fomento, desenvolvimento
da economia, enfim, toda a sociedade brasileira. Isso, daí, sim, é de gente
extremista. Convenhamos, todos viram, perceberam, ninguém é burro, alienado. O
Partido dos Trabalhadores é extremista…
— Ora, pelo amor de Deus, cale sua boca, não como capim!