O MURO QUE DEU CERTO

 

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O Muro que deu certo. 

O Muro de Contenção das Águas do Guaíba no Centro de Porto Alegre.

Em meio às intensas chuvas que castigam Porto Alegre neste início de maio, o muro de contenção não deixa de ser um símbolo de resistência que se ergue como um escudo protetor da cidade. Imagine sem ele o que seria do que foi visto em Porto Alegre?

Já tendo salvado a capital gaúcha de outros desastres, essa estrutura se torna ainda mais crucial agora, evidenciando a necessidade urgente de modernização e a responsabilidade que recai sobre os políticos não apenas de Porto Alegre, mas de todo o Estado.

Enquanto o muro cumpre seu papel heroico, protegendo vidas e patrimônios, ideias mirabolantes circularam nos corredores do poder, ameaçando a segurança da cidade.

A proposta de demolir o muro para dar lugar a condomínios de luxo à beira do Guaíba, por exemplo, não apenas ignora a grande importância da estrutura, mas também revela uma preocupante falta de senso de responsabilidade com o bem-estar da população.

É imperativo que os políticos do Rio Grande do Sul assumam seu papel de guardiões do Estado e tomem medidas sérias em relação à segurança de todas as cidades que correm riscos climáticos. A modernização das estruturas de contenção, onde necessário, deve ser priorizada, garantindo a capacidade de proteger as cidades de futuras inundações.

Ideias como a demolição de muros para fins lucrativos não podem ser toleradas em um momento de crise ambiental e eventos climáticos extremos cada vez mais frequentes. A segurança da população deve ser a principal prioridade.

Os tempos são outros, e o clima se altera com maior rapidez. As cidades do Rio Grande do Sul precisam estar preparadas para enfrentar esses desafios, e a modernização das estruturas de contenção é um passo fundamental nesse sentido.

Apelo Aos Políticos do Rio Grande do Sul:

Priorizem a modernização das estruturas de contenção em todas as cidades que correm riscos climáticos. Invistam na atualização das estruturas para garantir a capacidade de proteger as cidades de inundações.

Rejeitem ideias mirabolantes: digam NÃO à demolição de estruturas de contenção para fins lucrativos. A segurança da população deve ser a principal prioridade.

Demonstrem compromisso com o futuro. A modernização das estruturas de contenção é um investimento crucial na segurança e na qualidade de vida de todo o povo gaúcho.


O ESPCTADOR SILENCIOSO

 

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O ESPECTADOR SILENCIOSO.

 

Observo, atônito, o mundo que construímos desde os tempos idos. Uma sinfonia caótica de fumaça e concreto se mistura. Até parece que a natureza também chora em silêncio por saber que o futuro se esvai em uma névoa quase imperceptível, assim como também me sinto um mero espectador, mais uma testemunha impotente de um espetáculo macabro que a humanidade encena a si mesma.

Lembro-me da minha infância, quando a brisa sussurrava segredos nas folhas das árvores e o sol aquecia a pele como um abraço materno e acolhedor. A terra era um lar vibrante, cheio de cores e sons, um paraíso onde a vida pulsava em cada canto do mundo... 

Sim, mas com o tempo, essa melodia celestial foi substituída por dissonâncias ensurdecedoras. Ao mesmo tempo, esse mesmo mundo passou a se empolgar com as invenções e com o surgimento das indústrias.

Trocamos a pureza das águas por mares de plástico, o verde-esmeralda das florestas por desertos áridos, o canto dos pássaros pelo rugido dos motores. Descontrolados, continuamos abrindo as feridas na terra, ignorando seus gemidos de dor, agora mais cegos pela ganância e o egoísmo, enfim, quem se importa com isso, deixemos, então, a 'batata quente' nas mãos das futuras gerações…

Sim, sou parte dessa história de sermos mais ágeis, dinâmicos, científicos, mas também sei que sou um minúsculo pontilho alinhavado nesse longo tecido de destruição, mais uma insignificante e minúscula roldana fazendo parte dessa engrenagem maçônica do sistema de consumo. Utilizo os mesmos produtos que poluem, respiro todo esse ar contaminado, e ando pelas ruas asfaltadas sufocando a nossa vida. Sinto-me cúmplice, mais um espectador silencioso que observa o colapso avançando e também fico sem agir, fico apenas observando.

Sei que a minha culpa não apaga o fogo, nem replanta as árvores, nem devolve a vida aos animais extintos. Ela apenas me paralisa, sinto-me anestesiado pela grandeza e conforto da tecnologia e me torno cada vez mais esse observador passivo da tragédia que se desenvolve vorazmente em torno de mim.

Então, consternado, em meio a essa escuridão, a essa penumbra fria, tento buscar uma faísca de esperança jaz apagada dentro de mim. Sinto-me tão-só, tento ainda encontrar pessoas que me resgatem desse esquecimento, dessa letargia de ser apenas um mero espectador.

Talvez elas já estejam até lutando por um futuro melhor, diferente, quem sabe até por um futuro onde a harmonia com a natureza seja imperiosamente importante. Sim, quiçá já estarão plantando árvores, limpando os rios, defendendo os animais, educando todas as crianças sobre a importância do planeta, sim, outro solitário e minúsculo pontilho vagando igualmente nesse imenso tecido do cosmo, como eu, aqui, também, divagando em silêncio, somente tão-somente observando o céu.

Talvez, a culpa que sinto hoje se transforme em uma esperança, amanhã. Pode ser que eu ainda acredite que, um dia, possa enxergar que fui mais do que um mero observador silencioso, que fui parte da busca pela solução, um fio de luz na corrente da mudança. Mesmo que meu ato seja minúsculo e invisível, então saberei que não era somente mais outra parte da engrenagem anterior.

 

 

 

  

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AS QUATRO MODALIDADES OFICIAIS DA NATAÇÃO

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AS QUATRO MODALIDADES OFICIAIS

DA NATAÇÃO.

Ainda adolescente, sentado à beira do rio, de calção, corpo aberto no espaço, dedos murchos, enrugados, olho esquerdo avermelhado, batendo dentes de frio, incapaz de enxergar meus roxos lábios, muito menos meus fundilhos rasgados nos arames farpados, mas agora correndo de forma rápida, faceiro como lambari de açudes alagados, num impulso ágil, lá ia eu mergulhar na piscina, também!   

Finalmente, descobrira a primeira modalidade de saber nadar, e não era piada, embora fosse uma natação desengonçada, tão largamente copiada, em ver meu cão labrador nadar atrás de perdiz esvoaçada, mas nadando nada parecido com as quatro modalidades oficiais da natação, aqui anunciada.

 

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No entanto, ao também ver um banhista nadar de braçada, de cara mergulhada, percebi manter o rosto por pouco tempo assim, logo virando alternadamente o canto da boca de lado, puxando ar nos pulmões... UAU, talvez consiga fazer igual! 


Achei que poderia arriscar fazer isso, também, afinal de contas já conseguia nadar cachorrinho engatinhando em cima d'água. Então, pela parte mais rasa, fui até a parte mais funda, mas me segurando pela borda. Tinha como objetivo vencer o medo de nadar no fundo, até porque havia praticado este novo nado, embora no escuro, devido ao cloro que me ardia os olhos toda vez que os abria debaixo d'água.

Achava que conseguiria, sim, tinha certeza disso, pelo menos em uma curta distância, apenas nadando da borda maior para a borda menor, no canto da piscina, como uma linha fechando o ângulo noventa graus, mais ou menos umas vinte braçadas. 

Foi o que fiz.

No entanto, ao tomar impulso, a outra borda não chegava nunca, então achei que, mantendo meus olhos fechados, não saberia encontrar a direção certa, mas como estava na parte funda, não haveria como apoiar os pés no chão, como sempre fazia na parte rasa.

Já estava sem ar enquanto dava braçadas, mas parecendo não sair do mesmo lugar. Abri os olhos com o rosto mergulhado. Já quase sem ar, desesperado, tive que levantar a cabeça para então avistar a borda, mas meus olhos arderam com mais intensidade. Obviamente, quis esfregá-los, buscando o chão que estava tão fundo, e me dei conta de que não dava pé. 

Ainda mais desesperado, acho que acabei puxando ar com um litro d'água pela boca e nariz, afogando-me. Em pânico, tentei agarrar-me nas nuvens que passavam no vazio do céu azul que eu via por cima de mim, sem mais saber em qual lado as bordas estavam. 

Tinha consciência de que estava me afogando e já era tarde demais para querer retornar, não havendo onde me segurar. Então, subitamente, senti meu corpo sair do fundo em direção à borda, como se estivesse flutuando da cintura pra cima, as pernas submersas e seguradas por alguém que me conduzira de volta à borda.

Ainda lembro do sujeito que me salvara. Tratava-se do filho do dono da loja D'Milus. Devia ter uns 20 anos, ou mais. Ele apenas sorriu e disse que nadar de olhos abertos, com todo o cloro despejado, só poderia arder.

 Nado Livre (Crawl): 

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O nado livre, também conhecido como crawl, é considerado o estilo mais rápido da natação. Como todos sabem, o nadador fica de bruços na água, realizando movimentos alternados de braçada e pernada; sim, como vira pela primeira vez o sujeito nadar assim. As braçadas são caracterizada pelo movimento ondulatório dos braços, enquanto o movimento dos pés é feito com movimentos verticais, como se chutasse a água. 

Nado de Costas:


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No nado costas, o nadador flutua na água com o rosto virado para cima, por sinal, podendo ver as nuvens de modo seguro, tranquilo, sem hesitar, intrigado. A braçada é similar ao nado livre, porém com os braços puxando para trás, mas usando outra técnica peculiar. A pernada também é semelhante ao nado livre, porém com os pés mais flexionados. 


Nado Borboleta:

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O nado borboleta é considerado um dos estilos mais técnicos e exigentes, aliás sei muito bem disso, nunca consegui tal proeza a contento, talvez por compreender que nunca conseguiria levantar meu dorso fora d'água como aquela vez, embora não tivesse sido por mim. O nadador precisa realizar grande esforço muscular devido ao movimento simultâneo e simétrico de braçada e pernada, ambos em forma de uma onda. Em suma, a braçada é caracterizada pelo movimento amplo dos braços acima da cabeça, enquanto a pernada é feita com movimentos ondulatórios do corpo. 
 

Nado Peito:

Imagem Free-Pixabay


O nado peito é considerado um estilo mais lento e relaxante da natação. O nadador flutua na água com o rosto virado para baixo, realizando o movimento simultâneo da braçada com a pernada e com movimento circular dos braços indo à frente do peito, enquanto a pernada é com movimentos de abertura e fechamento das pernas, simulando o movimento de uma rã. 

Além das provas individuais de cada estilo, a natação também oferece a prova de medley individual, onde o nadador precisa nadar os quatro estilos na seguinte ordem: borboleta, costas, peito e crawl, por último. 

 Similar à prova de medley individual, o medley revezamento envolve quatro nadadores, cada um nadando estilo específico, seguindo a ordem: costas, peito, borboleta e crawl.  

 Lembre-se

 A técnica correta é fundamental para o desempenho e para evitar lesões em qualquer modalidade da natação. É importante consultar um profissional de educação física para aprender as técnicas corretas de cada estilo e realizar a prática de forma segura e eficaz. A natação é um esporte que pode ser praticado por pessoas de todas as idades e níveis de condicionamento físico. Aumenta a circulação sanguínea, cura asma e reforça o sistema respiratório pulmonar. Se você está buscando uma atividade física completa, divertida e benéfica para a saúde, a natação é uma ótima opção!


MÃE TERRA

 


Em meio à vastidão do espaço sideral, nosso planeta azul se destaca como fonte de vida e energia, minúsculo oásis no meio do deserto cósmico, eis, Tu, Terra, ostentando paisagens deslumbrantes, desde os picos nevados das elevadas cordilheiras às profundezas abissais dos oceanos.

Tudo parece imenso, intenso, inesgotável, em Ti. Tua joia cósmica tão bela, porém, agora se encontra ameaçada pela ação predatória do homem moderno, pela nossa ganância e negligência. Com nossas mãos, desencadeamos ondas de destruição sem precedentes. 

Deitaram as árvores, ateando-se o fogo sob tuas sagradas entranhas de biodiversidades, produzindo-se imensas clareiras de florestas inteiras ardendo, em chamas, em brasas. E o que ali era floresta verde orgânica, acabou concreto cinza mecânico, silenciando o canto dos pássaros, para sempre. 

Os oceanos, outrora mares cristalinos, agora se engasgam com mar de plástico, enquanto espécies inteiras sucumbem à poluição e à pesca desmedida.

O ar, antes puro e revigorante, agora carrega o peso dos metais, das toxinas, envenenando nossos pulmões e obscurecendo a beleza do céu estrelado e da branca lua anoitecida. As geleiras, testemunhas milenares da história, agora, apressadas, derretem ondas mornas, ameaçando cidades costeiras.

Diante desse cenário desolador, surge minha pergunta: qual será o teu futuro, oh, Terra formosa? A resposta não será de cada um de nós? Sim, precisamos mudar nossa atitude, adotar práticas mais sustentáveis, defender tua beleza natural de formosura. É urgente unir esforços humanos pra proteger tua vida antes que seja tarde.

Neste Dia, por exemplo, o Google também te homenageia, celebrando a tua bela natureza, convidando à reflexão. A imagem retrata um beija-flor, delicado símbolo da fragilidade e da resiliência da vida, pousado em uma flor. Um lembrete em meio à devastação cruel, de que a esperança ainda floresce.


ESCREVINHADOS: Reflexões, Livros e Mais!

 




ESCREVINHADOS: Reflexões, Livros e Mais!



Neste blog, você encontra o espaço dedicado à escrita e à reflexão. São diversos temas curiosos e interessantes. Se você busca conteúdos informativos, instigantes e com um toque literário, o blog poderá lhe servir como inspiração. 

Aqui, você encontrará textos apaixonados pela arte de contar histórias e pela busca de conhecimento. Exploro diversos assuntos através da escrita, tecendo análises críticas e engajadas sobre temas sociais, políticos, culturais e ambientais que impactam diversas regiões do planeta, conectando minha visão à história, filosofia, psicologia, uma compreensão holística da realidade.  

Para os amantes da leitura, ofereço resenhas, crônicas, contos e poemas, além de apresentar sinopses dos meus próprios livros publicados pela editora UICLAP e amazon, convidando-o a embarcar em jornadas literárias emocionantes da ficção e entretenimento, também reforçando a crença no poder da Literatura.


Escrevinhador
Juidson Campos