A MORTE

















A morte natural é tão fria. 
É cruelmente gélida, absurda.
Se apaga concretizando a chama diminuta no pavio
Também a morte da chama derretida
Todo o belo sonho desmedido 
Eternidade de outrora
Neste mero brilho pálido de agora
Aqui jaz afogado o líquido rígido 
O calor morno da cera movediça
Ar das entranhas da resistência química
Resto de luz súbita para o além-distante:
O último suspiro de vida.