22 de dez. de 2024

O NATAL NOSSO DE CADA DIA

 

Salvador Dali (Detalhe)


O NATAL NOSSO DE CADA DIA.


Natal. Uma palavra que evoca sentimentos de alegria, união e esperança. Mas por que confinarmos essa magia há apenas um dia no ano? Por que não estender essa atmosfera de amor e fraternidade a todos os dias?

A verdade é que o Natal, em sua essência, transcende datas e calendários. É um estado de espírito, uma disposição para o bem, uma celebração da vida em todas as suas nuances. A troca de presentes, os enfeites coloridos, as músicas natalinas são apenas elementos que potencializam esse sentimento, mas não o definem.

Se pensarmos bem, todos os dias são oportunidades de celebrar a vida. Um sorriso sincero, um abraço apertado, ser um amigo, uma palavra de conforto a quem precisa, são pequenos gestos que transformam o nosso dia, o dia de alguém também.

A humanidade é o maior presente que podemos dar e receber. É a capacidade de se colocar no lugar do outro, de simpatizar, de amar incondicionalmente. E essa capacidade não tem data para ser exercida.

Se todos os dias fossem natais, o Natal perderia a graça? Um mundo onde a gentileza fosse a norma, onde a compaixão fosse a lei e onde a solidariedade fosse o lema? Um mundo onde cada encontro fosse uma oportunidade para celebrar a vida e fortalecer os laços humanos? 

Não precisamos esperar por datas especiais para praticar o bem. Podemos transformar cada dia em uma pequena celebração, um ato de amor ao próximo. Afinal, a verdadeira magia do Natal reside no coração das pessoas, esse coração pode ser tocado a qualquer momento, todos os dias!

Sim, um sorriso, um abraço, uma palavra de carinho… pequenos gestos de mudar o mundo, um dia de cada vez, todos os dias, pequenininho, miudinho, o natal nosso de cada dia, poxa, seria um grande Natal pra valer.

1 de dez. de 2024

RESILIÊNCIA ALVINEGRA: O 'PERDEDOR', ENFIM, VITORIOSO!

 

Foto de Vitor Silva (Botafogo)

Resiliência Alvinegra: O 'Perdedor', enfim, vitorioso!

A Dupla Cidadania Esportiva: Um Hino à Resiliência Alvinegra.

O Rio, essa cidade que tece laços tão fortes, capaz de transformar um visitante em um apaixonado torcedor. Assim se deu comigo, que, após duas décadas convivendo com a paixão alvinegra, incorporou a ela a sua alma gremista. Uma dupla cidadania esportiva, que me leva a refletir sobre a força do futebol em moldar identidades e construir narrativas.

A alcunha de “perdedor” que acompanha o Botafogo é um fardo histórico, uma sombra que paira sobre a trajetória do clube. No entanto, quem veste a camisa alvinegra carrega consigo uma resiliência inigualável. Uma fé inabalável na vitória, mesmo diante dos obstáculos.

Essa paixão, cultivada ao longo dos anos, encontra um desfecho emocionante com a conquista da Libertadores. A vitória do Botafogo, além de ser um marco histórico para o clube, representa a consagração de uma luta incansável, de uma torcida que nunca desistiu de sonhar.

A minha história se divide entre o ser gremista e o ser botafoguense, um reflexo da paixão do futebol. Um esporte que nos une, que nos emociona e que nos faz sentir parte de algo maior. Afinal, a paixão pelo futebol transcende fronteiras, clubes e até continentes.

A conquista da Libertadores pelo Botafogo é um capítulo à parte nessa história. É a materialização de um sonho, a recompensa por anos de dedicação e paixão. É a prova de que, mesmo diante das adversidades, a fé e a persistência podem levar à vitória.

Como tantos outros torcedores, celebro essa conquista, uma vitória que transcende os clubes e une todos os que acreditam no poder transformador do esporte. Um hino à resiliência alvinegra, que ecoa por todo o continente e nos inspira a seguir em frente, sempre com a esperança de que os nossos sonhos se realizem.

 













15 de nov. de 2024

O TEMPO ROUBADO NO (6x1)

 

img ilustração Pixabay

O Tempo Roubado no (6X1).

Desde os primórdios da civilização, o trabalho tem sido uma constante na vida humana. Na antiguidade, a escravidão impunha jornadas exaustivas sem qualquer direito. Na Idade Média, o servo da gleba estava preso à terra, entregando a maior parte de sua produção ao senhor feudal. Com a Revolução Industrial, as fábricas surgiram como verdadeiros monstrengos, engolindo homens, mulheres e crianças em jornadas intermináveis e condições degradantes.

No Brasil, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) representou um avanço significativo, garantindo direitos como férias, 13º salário e jornada de trabalho de 44 horas semanais. No entanto, a proposta de aumentar a jornada para 60 horas semanais, com apenas um dia de descanso, nos retrocede a uma época que acreditávamos ter superado.

A jornada de trabalho não é apenas um número em um contrato. É tempo de vida, tempo que poderia ser dedicado à família, aos amigos, à cultura, ao lazer, à educação. É tempo para recarregar as energias, para cuidar da saúde física e mental. Ao aumentar a jornada de trabalho, estamos roubando esse tempo precioso, condenando milhões de pessoas a uma vida de exaustão e alienação.

Imagine um trabalhador que sai de casa às 6h da manhã e retorna às 22h. Ele terá apenas algumas horas por dia para realizar todas as suas atividades. Como ele poderá cuidar dos filhos, levar os mais novos para a escola, preparar as refeições, fazer as tarefas de casa? Como ele poderá encontrar tempo para se dedicar a seus hobbies, para ler um livro, para assistir a um filme? Como ele poderá participar da vida comunitária, votar, exercer sua cidadania?

A falta de tempo livre tem consequências sérias para a saúde física e mental. O estresse crônico, a insônia, a ansiedade e a depressão são apenas algumas das doenças relacionadas ao excesso de trabalho. Além disso, a falta de tempo para o lazer e a cultura empobrece a vida das pessoas, limitando suas experiências e suas possibilidades de desenvolvimento pessoal.

É preciso lembrar que o trabalho não é um fim em si mesmo, mas um meio para se alcançar uma vida digna. Uma vida com tempo para tudo aquilo que faz de nós seres humanos: amar, aprender, sonhar, criar. Ao defender a redução da jornada de trabalho, estamos defendendo a qualidade de vida de todos nós.

Aumentar a jornada de trabalho não é a solução para os problemas econômicos do país. É preciso investir em educação, em ciência e tecnologia, em infraestrutura. É preciso criar um ambiente de negócios mais justo e competitivo, que incentive a inovação e a geração de empregos de qualidade.

A jornada de trabalho de 60 horas semanais é um retrocesso. É um ataque aos direitos dos trabalhadores e à dignidade humana. É hora de dizer não a essa proposta e de lutar por um futuro em que o trabalho seja uma fonte de realização e não de sofrimento.

Em resumo, a proposta de aumentar a jornada de trabalho para 60 horas semanais representa um retrocesso histórico, com impactos negativos na saúde física e mental dos trabalhadores, além de limitar suas oportunidades de desenvolvimento pessoal e social. É fundamental defender a redução da jornada de trabalho e investir em políticas públicas que promovam a qualidade de vida e o bem-estar da população.


img ilustração Pixabay


Imagine, aqui não entrou nem o ‘Tempo (já) Roubado’ da aposentadoria! 

A propósito... em que século estamos, mesmo?


13 de nov. de 2024

UMA VIDA ENTRE PÁGINAS

 

Fotografia original do acervo img do autor

Uma Vida Entre Páginas.


Lembro-me de criança, imerso em um mundo de letras e imaginação. A caneta, meu fiel escudeiro, deslizava sobre as páginas em branco, dando vida a personagens e aventuras que brotavam da minha mente fértil. A escrita era um refúgio, um lugar onde eu podia ser quem quisesse e viver as mais incríveis histórias.

Mas a vida, como se sabe, nem sempre se alinha aos nossos sonhos. As responsabilidades se acumularam cedo e a necessidade de trabalhar me afastou um pouco da literatura. Os cadernos, no entanto, continuaram sendo meus companheiros inseparáveis. Escrevia em qualquer canto, em qualquer momento que encontrasse um tempinho livre. Eram dezenas de cadernos, todos rabiscados com letras miúdas e cheios de sonhos.

Naquela época, a tecnologia ainda era um sonho distante. A máquina de escrever, quando finalmente a adquiri, era um luxo e uma novidade. Pesada e barulhenta, ela me acompanhou por muitos anos, registrando cada palavra com o tilintar característico das teclas.

Hoje, com o advento da era digital, a escrita se tornou ainda mais prazerosa e acessível. Posso criar, editar e publicar meus livros com apenas alguns cliques. A possibilidade de revisar e atualizar meus textos a qualquer hora e em qualquer lugar é um privilégio que eu nunca imaginei ter.

Mas, apesar de todas as facilidades que a tecnologia oferece, ainda sinto uma certa nostalgia pelos cadernos antigos. Aquelas páginas amareladas, cheias de rabiscos e correções, guardam uma parte importante da minha história. São testemunhas de uma paixão que nasceu na infância e que continua viva até hoje.

A escrita é mais do que apenas um hobby para mim. É uma forma de expressão, uma maneira de compartilhar minhas experiências e conectar-me com outras pessoas. E, acima de tudo, é uma paixão que me acompanha desde a infância e que me faz sentir vivo.

Por isso, continuo escrevendo, revisando e aprimorando meus textos. A cada nova palavra, a cada nova história, sinto a mesma emoção que sentia quando criança, com a caneta na mão e um mundo de possibilidades à minha frente.





9 de nov. de 2024

A NÉVOA QUE ROUBA MEMÓRIAS

 

Img Ilustração Pixabay

A Névoa que Rouba Memórias.

A memória é um labirinto intrincado, onde guardamos as preciosidades de nossas vidas. Cada canto, cada curva, cada bifurcação abriga um fragmento de quem somos, um pedacinho de história que nos moldou. Mas, para alguns, esse labirinto se transforma em uma névoa densa, obscurecendo os caminhos e apagando as lembranças. É assim que se manifesta o Alzheimer, um ladrão silencioso que invade a mente e rouba o passado.

Imagine ter vivido uma vida rica, repleta de experiências e amores, e de repente, ver tudo se esvair como fumaça ao vento. É como se a mente se tornasse um livro com páginas em branco, onde antes havia uma narrativa vibrante. O Alzheimer é um pouco disso: uma doença que apaga as letras e as palavras, deixando apenas um rastro tênue de quem se foi.

No início, são esquecimentos pequenos, como onde deixou as chaves ou o nome de um conhecido. Mas, com o tempo, a doença avança e os lapsos se tornam mais frequentes e mais profundos. A pessoa pode esquecer o rosto de um filho, o sabor da comida favorita ou até mesmo como realizar tarefas simples, como tomar um banho ou se vestir.

É uma jornada dolorosa, não apenas para quem sofre da doença, mas também para os familiares e amigos. Ver um familiar se perder em sua própria mente é como assistir a um naufrágio em câmera lenta. A cada dia, um pouco mais daquela pessoa se afasta, deixando para trás um vazio imenso.

No entanto, mesmo diante de um cenário tão desafiador, é preciso manter a esperança. A ciência avança a passos largos, e novas terapias e medicamentos estão sendo desenvolvidos. Além disso, o cuidado e o carinho dos familiares e amigos podem fazer toda a diferença na qualidade de vida do paciente.

Esta crônica, evidentemente, não tem o intuito de informar sobre o mal de Alzheimer — uma profunda névoa que rouba memórias, mas dizer sobre a fragilidade da vida, sobre a importância de cada momento, de cada abraço, de cada palavra dita. É um convite à reflexão sobre como valorizamos nossas memórias e como podemos oferecer apoio e compaixão àqueles que as estão perdendo.





29 de out. de 2024

UM REENCONTRO INESPERADO

 

Ilustração Pixabay

Um Reencontro Inesperado.

O Dia do Livro sempre me leva a uma jornada nostálgica, repleta de lembranças agridoces. A alegria pela celebração desse objeto tão especial contrasta com a tristeza de uma perda que, por muito tempo, marcou minha vida.

Quando era mais jovem, a necessidade me obrigou a decidir com tristeza: vender parte da minha biblioteca. Cada livro que colocava na caixa de papelão era como se estivesse me despedindo de um velho amigo. Aquele dia, ao levar os livros para o sebo, senti como se estivesse vendendo um pouco da minha alma.

Com o passar dos anos, a vida seguiu seu curso, e a biblioteca foi sendo reconstruída lentamente. Mas a saudade daqueles primeiros livros sempre esteve presente.

Um dia, passeando pelo centro da cidade, me deparei com uma livraria de sebo. Entrei por curiosidade e, ao me deparar com as estantes repletas de livros usados, senti um frio na barriga. Comecei a percorrer os corredores, passando os dedos pelas lombadas, buscando algum título familiar. E então, lá estava ele: um dos livros que havia vendido anos atrás.

A emoção foi tão grande que mal consegui acreditar no que meus olhos viam. Segurei o livro em minhas mãos, sentindo a mesma textura do papel, o mesmo cheiro de tinta. Era como se o tempo tivesse parado. Naquele momento, todas as lembranças daquela época voltaram à minha mente.

Ao pagar pelo livro, senti uma alegria indescritível. Era como se tivesse reencontrado um velho amigo perdido. Ao voltar para casa, abri o livro e comecei a ler, sentindo a mesma emoção da primeira vez.

Essa experiência me mostrou que, mesmo que a vida nos obrigue a tomar decisões difíceis, a esperança de reencontrar o que perdemos nunca se apaga. E os livros, com sua capacidade de transportar-nos para outros mundos e conectar-nos com diferentes realidades, são um dos maiores tesouros que podemos ter.

O Dia do Livro é uma celebração não apenas da literatura, mas também da memória e da esperança. É um convite para celebrarmos a vida, a amizade e a magia das palavras.


Ler é bom.





12 de out. de 2024

UM DIA DE CONTRADIÇÕES

 

Ilustração Pixabay

UM DIA DE CONTRADIÇÕES.


Hoje, 12 de outubro, o Brasil se divide em duas celebrações: o Dia das Crianças e o Dia de Nossa Senhora Aparecida. Enquanto famílias se reúnem para celebrar a pureza e a inocência da infância, notícias de guerra ecoam do Oriente Médio, nos lembrando do lado mais sombrio da humanidade.

Confesso que, apesar da alegria de estar cercado por meus filhos e netos, um peso enorme se instala em meu peito. A cada sorriso infantil, a cada abraço apertado, a imagem de crianças em outras partes do mundo, aterrorizadas e órfãs, se torna cada vez mais presente.

Como podemos celebrar a vida em um mundo tão marcado pela morte? Como podemos nos sentir felizes em um dia como hoje, sabendo que milhares de pequenos corpos são dilacerados por bombas e balas? É uma contradição que me atormenta e me faz questionar o sentido da existência.

Sinto-me privilegiado por ter a oportunidade de celebrar este dia em família, mas também me sinto culpado. É como se estivesse participando de uma festa em meio a um velório. A alegria parece deslocada diante de tanto sofrimento.

Nossa Senhora Aparecida, símbolo de fé e esperança, nos ensina a amar ao próximo como a nós mesmos. Mas como amar ao próximo quando ele está tão distante, sofrendo tanto? Como manter a fé diante de tanta crueldade?

Neste dia, mais do que nunca, sinto a necessidade de rezar por todas as crianças do mundo, especialmente por aquelas que estão sofrendo as consequências de guerras injustas. Que a paz possa prevalecer e que todas as crianças cresçam em um mundo livre de violência.

Que Nossa Senhora Aparecida interceda por nós, para podermos transformar este mundo em um lugar mais justo e humano. Sim. Que a alegria da infância possa ser um direito de todos, e não um privilégio de poucos.

Em meio a tanta tristeza, a fé me impulsiona a seguir em frente. Acredito que a compaixão e a solidariedade ainda podem mudar o mundo. E é com esse sentimento que encerro esta crônica, na esperança de que possamos construir um futuro mais justo e humano para todas as crianças do planeta.



10 de out. de 2024

A MALDIÇÃO DO REVISOR EM MIM

Ilustração OpenClipart-Pixabay


 A MALDIÇÃO DO REVISOR EM MIM.

 

Sou um autor, um escritor, um criador de mundos, um arquiteto de frases… quer dizer, acho que sou, não sei bem, às vezes tenho dúvidas disso, talvez eu seja um revisor incansável, um editor implacável e um crítico literário impiedoso… comigo mesmo.

A cada palavra que escrevo, um exército de dúvidas se levanta, um batalhão de “e se” invade minha mente. Sim, esta palavra está boa? E se eu trocasse por outra? Será que o adjetivo combina? Pior. Será que a frase inteira é essa? Pior ainda, a história é essa mesma? Hum, e se eu… 

E assim, a dança frenética entre a criação e a destruição se inicia. É como se eu tivesse dentro de mim um revisor insano, cruel, quiçá até mesmo seja um sádico, que se aproveita da minha fragilidade ou insegurança intelectual, tomando conta de tudo.

A cada releitura, descubro um novo erro, uma nova possibilidade, uma nova ideia que, claro, exige a reescrita de tudo o que já foi escrito até aqui! É um ciclo vicioso, um labirinto sem fim, uma espiral descendente rumo à loucura!

Já tentei de tudo pra conter esse impulso autodestrutivo. Tentei escrever em blocos de notas, em guardanapos, em papéis amassados. Já tentei ditado, gravação, escrita automática. Nada funciona. A obsessão pela perfeição me persegue como uma sombra.

E o pior de tudo é que, por mais que me esforce, nunca consigo ficar satisfeito no final. Sempre acho que poderia ser melhor, mais brilhante, impactante. É como se estivesse condenado, não adianta, por mais que me aproxime da ideia, ela sempre se afasta de mim.

O problema é que essa busca incessante pela palavra certa, pela frase perfeita, se torna um labirinto sem fim... viu só? Também repetitivo! Começo a reescrever parágrafos, a mudar a ordem das cenas, a alterar completamente a história, do começo ao fim! É um ciclo vicioso que me consome inteiramente!

A cada revisão, a história se transforma em uma criatura mutante, nunca ficando completamente como deveria ser, nada a ver com sua própria forma, estrutura, enfim, nunca consigo chegar à versão definitiva, sempre falta alguma coisa...

Ah, se ao menos tivesse leitores que comprassem meus livros… poxa, eu teria condições de contratar um revisor profissional, então finalmente me livraria da maldição do revisor interno e pararia de jogar minhas histórias na lata de lixo.

Enquanto isso não acontece, paciência, continuo preso nesse ciclo infernal. Sinceramente, acho que não sou um escritor, já estou começando a achar que sou, mesmo, um revisor torturante, talvez seja mais fácil me dedicar a esse ofício… quiçá eu não desenvolveria melhor meu sadismo... ou será masoquismo?

 

28 de set. de 2024

NATHALYA URBAN: UMA JORNALISTA ATIVISTA

 

img ABI

NATHALYA URBAN: 

Uma Jornalista Ativista.


Nathalya Urban foi uma jornalista brasileira conhecida por seu trabalho engajado e sua dedicação às causas sociais. Nascida em Santos, São Paulo, em 25 de dezembro de 1987, ela se formou em jornalismo pela Universidade Católica de Santos (Unisantos) e, desde 2013, residia na Escócia.

Na Escócia, Nathalya consolidou sua carreira no portal Brasil 247, onde atuava como correspondente internacional. Ela criou o programa “Veias Abertas”, que aborda a luta dos povos latino-americanos, e também participava dos programas “Bom Dia 247” e “Globalistas”, onde fazia análises sobre questões internacionais.

Infelizmente, Nathalya faleceu em 25 de setembro de 2024, aos 36 anos, após um trágico acidente em Edimburgo, na Escócia. Sua morte gerou grande impacto, surpresa e comoção, especialmente devido ao seu forte compromisso com as lutas sociais e a defesa dos povos marginalizados. 

Embora será lembrada pela sua dinâmica, inteligência, empatia, dedicação e pelo impacto significativo que teve no jornalismo e nas causas que defendia, em respeito à sua memória, os profissionais do jornalismo 247, bem como a todos seguidores deste canal, na plataforma do YouTube, aguardam respostas mais precisas sobre as circunstâncias da sua morte tão prematura. 





27 de set. de 2024

O BILHETE PREMIADO DA DESINFORMAÇÃO

 


O Bilhete Premiado da Desinformação.


As redes sociais são uma faca de dois gumes. Ao mesmo tempo que pode nos unir pela informação imediata, também pode nos afastar da verdade, abrindo um labirinto repleto de desinformação.

Paradoxalmente, a internet, com suas infinitas possibilidades de conexão, vem nos oferecendo um banquete de informações instantâneas, mas também uma farta desinformação, onde a verdade se torna cada vez mais difícil de encontrar.

Assim como alguém que busca a sorte grande em uma loteria, muitos usuários das redes sociais buscam a validação e a sensação de pertencimento através da informação imediata, porém sem se preocupar com a veracidade.

A notícia falsa, a proliferação de discursos de ódio e a ascensão de influenciadores digitais que manipulam a opinião pública são apenas algumas das facetas desse jogo perigoso.

A onda de influenciadores vigaristas, por exemplo, expõe a fragilidade de nossa relação com a informação online. Com a facilidade de criar e disseminar conteúdo, qualquer pessoa pode se autoproclamar especialista em determinado assunto e influenciar milhares de pessoas.

Muitos logo percebem, não é mesmo? Porém, muitos ainda não se deram conta que estes atalhos para alcançar o sucesso, com promessas de enriquecimento rápido e a manipulação de emoções, são as principais armas desses estelionatários digitais.

A pressa em formar opiniões e a falta de senso crítico sem mesmo questionar suas motivações e acreditar em tudo o que se lê, vê e ouve, torna alvo fácil da desinformação e disseminação do caos informacional.

Quem não se lembra do golpe do “bilhete premiado”? Pois é, muitos seguidores depositam suas esperanças em influenciadores que prometem soluções milagrosas para seus problemas, seja na área da saúde, das finanças ou das relações pessoais.

A onda de influenciadores vigaristas é apenas a ponta do iceberg. A disseminação de fake news, a polarização política (também religiosa), com discursos de ódio, são outros exemplos dos perigos da desinformação nas redes sociais.

Para navegar nesse mar de ‘informações’, é fundamental desenvolver senso crítico mais aguçado. A onda de influenciadores digitais, que se multiplica a cada dia, é um exemplo claro de perceber essa dualidade.

Muitos desses influenciadores, movidos pela busca por fama e dinheiro, não hesitam em disseminar informações falsas e enganosas, com promessa de uma vida perfeita, de riqueza fácil e de sucesso instantâneo.

Portanto, não vamos cair no velho golpe do “bilhete premiado”, afinal só porque os esquemas fraudulentos estão cada vem mais atrativos e sofisticados, não significa que nos falte discernimento, juízo, bom senso e noção da realidade das 'coisas', não é verdade?


23 de set. de 2024

UMA ALMA NOBRE

PARA UMA ALMA NOBRE. 


Hoje, o calendário marca uma data especial, um marco que celebra a vida de uma mulher extraordinária. Uma alma que, mesmo ausente fisicamente, continua a pulsar forte em meu coração.


Ela nasceu sob um céu estrelado, em uma época em que a vida era construída com as próprias mãos. Cresceu em meio a desafios, moldando um caráter forte e resiliente. A vida a presenteou com momentos de alegria e de dor, mas ela os enfrentou com uma dignidade ímpar, sempre buscando a luz no fim do túnel.


Lembro-me de seus olhos, profundos como o oceano, capazes de transmitir uma sabedoria ancestral. Sua voz, suave como uma brisa, carregava em si o poder de acalmar qualquer tempestade. Era uma mulher de poucas palavras, mas de grande coração. Cada gesto, cada olhar, era um reflexo de sua alma bondosa e generosa.


Sofreu, sim, mas nunca se deixou abater. Lutadora incansável, enfrentou as adversidades com a cabeça erguida, sempre buscando o melhor para si e para os seus. Era uma mulher de fé inabalável, que encontrava força nas pequenas coisas da vida.


Embora o tempo tenha passado e a distância nos separe, sua presença continua viva em meu coração. 


Você foi, e sempre será, meu porto seguro, meu farol a guiar meus passos. Agradeço a Deus por ter me permitido compartilhar um pedacinho da sua vida.


Hoje, celebro sua memória com gratidão e amor.

Que a paz te envolva eternamente.




22 de set. de 2024

REPÚBLICA DAS CADEIRAS E BANANEIRAS

 


REPÚBICA DAS CADEIRAS E BANANEIRAS.

 

Nessa política vigarista
Faz a gente até se sentir preocupado
É como estar na sala de espera do consultório do dentista.
 
O que você disse?
 
Oh, sim, mas é claro, foi uma infeliz comparação
Realmente não faz nenhum sentido
Concordo, é medíocre, foi só uma rima absurda...
 
Mas, espera um pouco
Isso não é a nossa política congressista?
Veja, observa...
 
Eles só brigam
Gritam, xingam
Se tapeiam por qualquer asneira!
 
É verdade...
 
Pois, então!
Não dá no mesmo?
Isso não te faz se sentir numa República de bananas?
 
Estou dizendo, a rima é válida, sim
Dá licença, afaste um pouco tua cadeira
Vou até plantar uma bananeira! 





13 de set. de 2024

A NÉVOA SOMBRIA DE SETEMBRO ASSOLANDO O PAÍS

REUTERS/Diego Vara

 

A Névoa Sombria de Setembro Assolando o País.

Setembro, imagina só, como tudo anda mesmo diferente. Pior que até isso também está se tornando banal. Um mês que, antes, tradicionalmente, trazia a promessa de dias mais amenos e colorido, com a beleza das flores da vespertina primavera chegando, agora se transformando em um pesadelo a milhões de brasileiros.

Os incêndios, que se alastraram por diversas regiões do país, por consequência natural e gradual do tempo, deixaram um silencioso rastro de destruição e um manto de fumaça obscureceu nossos céus, avançou sobre nossas cidades e adentrou nossas casas.

A névoa que se espalha por todo o território nacional é mais do que uma simples cortina de fumaça, aliás, expressão tão utilizada em campanhas políticas de uns tempos pra cá. Quanto a isso, não é o caso atual, porque, verdadeiramente, a cortina de fumaça é literalmente vista a olho nu, testemunhados por todos sem deixar dúvida nenhuma.

Na verdade, mais do que uma simples analogia, é um lembrete constante da fragilidade do nosso planeta e das consequências devastadoras de nossas ações. A qualidade do ar, já comprometida em muitas cidades, deteriorou-se drasticamente, colocando em risco a saúde de milhões de pessoas.

A inalação da fumaça proveniente dos incêndios pode causar uma série de problemas respiratórios, como tosse, irritação na garganta, dificuldade para respirar e até mesmo o agravamento de doenças mais crônicas, como asma e bronquite. Além disso, tal exposição prolongada dessas partículas pode aumentar o risco de desenvolver doenças cardiovasculares e câncer.

Muitas crianças, muitos idosos e pessoas com doenças preexistentes são os mais vulneráveis aos efeitos da poluição do ar. Hospitais e unidades de saúde estão sobrecarregados com o aumento do número de pacientes com problemas respiratórios. A fumaça dos incêndios também causa irritação nos olhos, pele e mucosas, afetando a qualidade de vida de toda a população em geral.

A névoa que cobre o país, amiúde, é um sinal alarmante de que precisamos mudar nossas práticas e adotar medidas mais eficazes para combater os incêndios e proteger o meio ambiente de uma vez por todas.

É nitidamente notório a prevenção, e isso inclui investir mais em educação ambiental, fiscalizar as atividades que podem gerar focos de incêndio e fortalecer os órgãos responsáveis pelo combate às queimadas, inclusive punindo com rigor da lei os atos criminosos provocados deliberadamente.

A crise que estamos vivendo exige uma ação conjunta de todos os setores da sociedade. É preciso que os governos, as empresas e os cidadãos trabalhem em conjunto pra encontrar soluções duradouras para esse problema. Afinal, a saúde do nosso planeta e de todos os seres vivos que o habitam depende de nossas ações.


É sério: a névoa que paira sobre o país é mais outro lembrete sombrio de que o futuro do planeta está em nossas mãos. É hora de agirmos antes que seja tarde demais.


1 de set. de 2024

EDUCAÇÃO FÍSICA

 

Img-DreamDigitalArtist-Pixabay

EDUCAÇÃO FÍSICA

Muito Mais Que Suor E Músculos

A Educação Física, disciplina presente em nossas vidas desde a infância, muitas vezes é vista apenas como um momento de lazer, de brincadeiras e de suor na escola. No entanto, seu papel vai muito além da simples prática de exercícios físicos. A Educação Física é um campo fértil para o desenvolvimento integral do indivíduo, moldando não apenas o corpo, mas também a mente e o espírito.

Nas aulas de Educação Física, as crianças e os adolescentes têm a oportunidade de explorar suas capacidades físicas, desenvolvendo coordenação motora, força, resistência e flexibilidade. Mas os benefícios vão além do aspecto físico. Através dos jogos e das diversas atividades propostas, os alunos aprendem a trabalhar em equipe, a respeitar as regras, a lidar com a vitória e a derrota, a desenvolver o espírito esportivo e a construir relações interpessoais saudáveis.

Além disso, a Educação Física na escola contribui para a formação de hábitos de vida saudáveis, incentivando a prática regular de atividades físicas e a adoção de uma alimentação equilibrada. Ela também é um espaço para a promoção da saúde mental, ajudando a reduzir o estresse e a ansiedade, tão comuns na vida moderna.

Na vida diária, a importância da Educação Física se estende para além dos muros da escola. A prática regular de atividades físicas é fundamental para a manutenção da saúde física e mental em todas as fases da vida. Ela ajuda a prevenir doenças crônicas, como a obesidade, o diabete e as doenças cardiovasculares, contribuindo para o bem-estar geral.

Mas a Educação Física não se limita à prática de esportes. Ela está presente em todas as nossas atividades cotidianas, desde os simples atos de caminhar e subir escadas até a realização de tarefas mais complexas. A consciência corporal e a coordenação motora desenvolvidas nas aulas de Educação Física nos ajudam a realizar nossas atividades com mais eficiência e segurança.

Em resumo, a Educação Física é um componente essencial para o desenvolvimento integral do indivíduo. Seja na escola ou na vida diária, a prática de atividades físicas traz inúmeros benefícios para a saúde física e mental. Ao longo da vida, a Educação Física nos acompanha, moldando nossos corpos e nossas mentes, e contribuindo para uma vida mais saudável e feliz. 

Para nossa reflexão: 

Qual a importância da Educação Física na sua vida? Quais foram as suas melhores experiências com a Educação Física? Como você pode incorporar mais atividades físicas em sua rotina? Esqueceu de praticá-la ao longo da vida? Pois que tal começar a se movimentar agora mesmo? Com certeza, seu corpo e sua mente vão agradecer!




SETEMBRO CHEGOU

Laurent Parcelier

SETEMBRO CHEGOU.

Um mês de transições e celebrações. Mês das flores mais vivas em cores, anunciando a primavera, que chega ao Brasil como uma estação sempre bem-vinda, trazendo consigo a promessa de dias mais longos e quentes. É um período de transição, onde o inverno se despede e a natureza se renova em um espetáculo de cores e aromas.

Também é um mês complexo ao despertar em nós uma gama de sentimentos. A alegria pela chegada da primavera se mistura com a nostalgia do inverno que se foi. A esperança de um futuro promissor convive com a ansiedade por tudo o que continua por vir. Sim, um mês de renovação, de novos começos, mas também de despedidas.

Setembro também é um mês dedicado à conscientização sobre diversas questões de saber como anda a nossa saúde. Setembro Amarelo, por exemplo, chama a atenção para a prevenção do suicídio, enquanto Setembro Vermelho alerta para os cuidados com o coração. É uma oportunidade para refletir sobre nosso bem-estar e buscar ajuda quando necessário.

A primavera se intensifica transformando o país em um verdadeiro jardim. As flores desabrocham, as árvores ganham novas folhas e os pássaros cantam com mais vigor. É a época perfeita para apreciar a natureza e realizar atividades ao ar livre.

Em meio as celebrações e transformações, setembro nos convida à reflexão. É um momento para agradecer por tudo o que temos, e também traçar novos planos e celebrar a vida.

Em resumo, o mês de setembro é especial para os brasileiros, por ser repleto de significado e emoções. É um nono período de transição, de celebrações e de renovação. Que possamos aproveitar cada momento desse mês com alegria e gratidão.


29 de ago. de 2024

LEITE MATERNO: UM VINCULO INDISSOLÚVEL

 

Maternidade - Pablo Picasso

Leite Materno: Um Vinculo Indissolúvel.

O ato de amamentar transcende a simples nutrição. É um abraço íntimo, uma dança ancestral entre mãe e filho, um elo que se tece fio a fio, gota a gota, em um balé silencioso e poderoso. O leite materno, essa alquimia perfeita da natureza, é muito mais do que alimento: é a primeira vacina, o primeiro conforto, a primeira casa do bebê.

Em um mundo cada vez mais acelerado, onde a tecnologia nos invade por todos os lados, o aleitamento materno se apresenta como um refúgio, um momento de puro amor e conexão. É nos braços da mãe que o bebê encontra a segurança que precisa para explorar o mundo, é no sabor único do leite materno que ele descobre os primeiros sabores da vida.

Mas a importância do aleitamento materno vai além do vínculo afetivo. Ele é um escudo protetor contra inúmeras doenças, fortalecendo o sistema imunológico do bebê e reduzindo o risco de infecções respiratórias, alergias e até mesmo obesidade na vida adulta. Para a mãe, a amamentação também traz benefícios, como a redução do risco de câncer de mama e de ovário, além de auxiliar na recuperação pós-parto.

No entanto, a prática do aleitamento materno ainda enfrenta muitos desafios. A falta de informação, o retorno precoce ao trabalho e a pressão social são alguns dos obstáculos que muitas mães enfrentam. É fundamental que a sociedade como um todo se mobilize para oferecer apoio e incentivo às mulheres que amamentam, criando ambientes favoráveis e garantindo o direito à licença-maternidade adequada.

O leite materno é um presente da natureza, é um tesouro que merece ser valorizado e protegido. Que cada gota desse líquido precioso seja um símbolo de amor, cuidado e esperança para um futuro mais saudável para as crianças.

28 de ago. de 2024

O JORNALISTA BRENO ALTMAN

 


O Jornalista Breno Altman.

Breno Altman é um jornalista brasileiro conhecido por suas posições críticas ao sionismo e por ser o fundador do portal de notícias Opera Mundi.

Suas opiniões sobre a questão Palestina e Israel, em particular, têm gerado debates acalorados e o colocado no centro de diversas controvérsias.

Crítico ferrenho do sionismo (ideologia que defende a autodeterminação do povo judeu e a criação de um Estado judeu), suas críticas se baseiam em uma análise histórica e política da questão Palestina, onde ele argumenta que o sionismo é uma doutrina colonial e racista.

Em seu portal de notícias, que se destaca por sua linha editorial independente e crítica, o site cobre uma ampla gama de temas, com um foco especial em política internacional e questões sociais.

Devido às suas posições, Altman tem sido alvo de diversas críticas e processos judiciais. Ele já foi acusado de antissemitismo, uma acusação que ele refuta veementemente. Altman argumenta que sua crítica ao sionismo não é uma crítica ao judaísmo, mas sim a uma ideologia política específica.

Além de seus artigos e programas no Opera Mundi, Altman também é autor de livros, como "Contra o Sionismo", onde aprofunda sua análise sobre a questão Palestina e o sionismo.

Por que Breno Altman é importante?

Este jornalista representa uma voz dissidente e singular no debate sobre a questão Palestina, oferecendo uma perspectiva crítica que muitas vezes não é apresentada pela grande mídia.

Seu trabalho tem se destacado como um exemplo de jornalismo independente e crítico no Brasil, contribuído para um debate mais aprofundado sobre o sionismo, suas origens e suas implicações para a região do Oriente Médio.




26 de ago. de 2024

'TUDO' OU 'NADA' É DROGA?

 

Ilustração: OpenClipart-Vectors

‘TUDO’ OU ‘NADA’ É DROGA?

A História das Drogas e a Questão da Licitude

A relação do ser humano com substâncias que alteram a consciência é tão antiga quanto a própria civilização.

Desde os primórdios, diversas culturas utilizavam plantas e substâncias naturais com propriedades psicoativas em rituais religiosos, tratamentos médicos e até mesmo em atividades cotidianas.

A Evolução do Conceito de Droga

O termo "droga" como o conhecemos hoje passou por uma significativa evolução histórica.

Inicialmente, qualquer substância utilizada para fins medicinais ou terapêuticos era considerada uma droga. Com o tempo, o conceito se ampliou para incluir substâncias que alteram o estado mental, seja para fins recreativos ou terapêuticos.

A distinção entre o que é lícito e ilícito é uma construção social e histórica que varia de cultura para cultura e ao longo do tempo.

O que era considerado uma substância medicinal em uma época pode ser proibida em outra, e vice-versa. Essa classificação é influenciada por diversos fatores, como:

  • Efeitos colaterais: Substâncias com efeitos colaterais mais severos ou potencialmente letais tendem a ser mais regulamentadas ou proibidas.
  • Potencial de dependência: Substâncias que causam dependência física ou psicológica são frequentemente alvo de proibições.
  • Usos sociais: O uso recreativo de uma substância pode levar à sua criminalização, mesmo que tenha usos medicinais comprovados.
  • Interesses econômicos: A proibição ou legalização de determinadas substâncias pode estar ligada a interesses econômicos de grupos políticos e empresariais.

A Relatividade do Conceito de Droga

É importante ressaltar que a classificação de uma substância como droga não é absoluta.

Qualquer substância, quando consumida em excesso ou de forma inadequada, pode causar danos à saúde e levar à dependência.

O chocolate, por exemplo, é amplamente consumido e considerado um alimento, mas o consumo excessivo pode levar à obesidade e outros problemas de saúde. Nesse sentido, o chocolate também pode ser considerado uma droga, embora seja legal e socialmente aceito.

Outros exemplos de substâncias que podem ser consideradas drogas em determinadas situações incluem:

  • Café: A cafeína, presente no café, é uma substância psicoativa que pode causar dependência e insônia.
  • Álcool: O álcool é uma droga depressora do sistema nervoso central e pode causar diversos problemas de saúde.
  • Nicotina: A nicotina, presente no cigarro, é altamente viciante e causa diversos tipos de câncer.

A Importância de um Debate Abrangente

A discussão sobre drogas é complexa e envolve aspectos sociais, culturais, políticos e econômicos. É fundamental que o debate seja conduzido de forma aberta e informada, considerando os benefícios e os riscos de cada substância, bem como as implicações das políticas de proibição e legalização.

Em resumo, a história das drogas nos mostra que a classificação de uma substância como lícita ou ilícita é um processo dinâmico e sujeito a mudanças.

É importante que a sociedade como um todo reflita sobre os critérios utilizados para essa classificação e busque soluções mais eficazes para lidar com o problema do uso de drogas.


brasilescola.uol.com.br/drogas

 projetoredacao.com.br

Leandro Demori

Ccuida.com

20 de ago. de 2024

CAPOEIRA

 
img Iphan TO

Capoeira: Uma Dança de Raízes Profundas.

A capoeira, um tesouro cultural do Brasil, transcende as fronteiras do esporte e da arte marcial, revelando-se como um rico mosaico de história, música, dança e resistência. Nascida nas senzalas, onde a luta pela liberdade se manifestava dissimuladamente.

A capoeira é muito mais do que uma simples sequência de movimentos. É um grito de liberdade, um jogo de corpo e alma, um canto de identidade e uma celebração da cultura afro-brasileira.

Na roda de capoeira, o corpo se transforma em instrumento de expressão. Os movimentos fluidos e acrobáticos, a ginga hipnotizante e os golpes precisos formam uma linguagem única, capaz de contar histórias milenares. Mas a capoeira não se resume à técnica.

A música, com seus berimbaus, atabaques e pandeiros, cria um ritmo contagiante que guia os movimentos e alimenta a alma. A roda, por sua vez, é um espaço sagrado onde se estabelecem laços de amizade, respeito e companheirismo.

Mais que uma luta, a capoeira é uma filosofia de vida que valoriza a disciplina, a humildade, a inteligência e o respeito ao próximo. O capoeirista não busca apenas a perfeição técnica, mas também o aprimoramento pessoal e a conexão com suas raízes.

Ao praticar capoeira, ele resgata a memória de seus ancestrais e contribui para a construção de um futuro mais justo e igualitário.

Reconhecida pela UNESCO como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, a capoeira é um bem precioso que deve ser preservado e difundido. Ao longo dos anos, ela se espalhou por diversos países, conquistando adeptos de todas as idades e origens. No entanto, é fundamental que a capoeira mantenha suas raízes e continue a ser praticada de forma autêntica, transmitindo seus valores e conhecimentos às novas gerações.

A capoeira é muito mais do que um esporte ou uma arte marcial. É um símbolo de resistência, um patrimônio cultural e uma expressão da alma brasileira. Ao praticar capoeira, estamos não apenas cuidando do nosso corpo, mas também fortalecendo nossa identidade e contribuindo para a construção de um mundo mais justo e igualitário.

As principais vertentes da capoeira, são a Angola e a Regional, destacando-se por sua importância para a educação, na qual reflete sobre o papel da capoeira na formação integral do indivíduo, promovendo o desenvolvimento físico, social e emocional.

 

 

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Angola Poa: Professor Renatinho e Professor Jauri

Capoeira Angola Sabedoria Popular. Renatinho e Jauri narram as suas trajetórias até a fundação do grupo e discorrem sobre a filosofia de capoeira que o grupo preserva e sobre a ideia de tradição. Falam ainda da experiência de coordenar a roda de rua semanal em frente ao Mercado Público (Largo Glênio Peres), Porto Alegre.

Capoeira de Angola - Bahia