
Salvador Dali (Detalhe)
O NATAL NOSSO DE CADA
DIA.

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Salvador Dali (Detalhe) |
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Foto de Vitor Silva (Botafogo) |
Resiliência Alvinegra: O 'Perdedor', enfim, vitorioso!
A Dupla Cidadania Esportiva: Um Hino à Resiliência Alvinegra.
O Rio, essa cidade que tece laços tão fortes,
capaz de transformar um visitante em um apaixonado torcedor. Assim se deu comigo, que, após duas décadas convivendo com a paixão alvinegra,
incorporou a ela a sua alma gremista. Uma dupla cidadania esportiva, que me leva a refletir sobre a força do futebol em moldar identidades e construir
narrativas.
A alcunha de “perdedor” que acompanha o
Botafogo é um fardo histórico, uma sombra que paira sobre a trajetória do
clube. No entanto, quem veste a camisa alvinegra
carrega consigo uma resiliência inigualável. Uma fé inabalável na vitória,
mesmo diante dos obstáculos.
Essa paixão, cultivada ao longo dos anos,
encontra um desfecho emocionante com a conquista da Libertadores. A vitória do
Botafogo, além de ser um marco histórico para o clube, representa a consagração
de uma luta incansável, de uma torcida que nunca desistiu de sonhar.
A minha história se divide entre o ser gremista e o ser botafoguense, um reflexo da paixão do futebol. Um
esporte que nos une, que nos emociona e que nos faz sentir parte de algo maior.
Afinal, a paixão pelo futebol transcende fronteiras, clubes e até continentes.
A conquista da Libertadores pelo Botafogo é um
capítulo à parte nessa história. É a materialização de um sonho, a recompensa
por anos de dedicação e paixão. É a prova de que, mesmo diante das
adversidades, a fé e a persistência podem levar à vitória.
Como tantos outros
torcedores, celebro essa conquista, uma vitória que
transcende os clubes e une todos os que acreditam no poder transformador do
esporte. Um hino à resiliência alvinegra, que ecoa por todo o continente e nos
inspira a seguir em frente, sempre com a esperança de que os nossos sonhos se
realizem.
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img ilustração Pixabay |
O Tempo Roubado no
(6X1).
Desde os primórdios da civilização, o trabalho tem sido uma
constante na vida humana. Na antiguidade, a escravidão impunha jornadas
exaustivas sem qualquer direito. Na Idade Média, o servo da gleba estava preso
à terra, entregando a maior parte de sua produção ao senhor feudal. Com a
Revolução Industrial, as fábricas surgiram como verdadeiros monstrengos,
engolindo homens, mulheres e crianças em jornadas intermináveis e condições
degradantes.
No Brasil, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT)
representou um avanço significativo, garantindo direitos como férias, 13º
salário e jornada de trabalho de 44 horas semanais. No entanto, a proposta de
aumentar a jornada para 60 horas semanais, com apenas um dia de descanso, nos
retrocede a uma época que acreditávamos ter superado.
A jornada de trabalho não é apenas um número em um contrato.
É tempo de vida, tempo que poderia ser dedicado à família, aos amigos, à
cultura, ao lazer, à educação. É tempo para recarregar as energias, para cuidar
da saúde física e mental. Ao aumentar a jornada de trabalho, estamos roubando
esse tempo precioso, condenando milhões de pessoas a uma vida de exaustão e
alienação.
Imagine um trabalhador que sai de casa às 6h da manhã e
retorna às 22h. Ele terá apenas algumas horas por dia para realizar todas as
suas atividades. Como ele poderá cuidar dos filhos, levar os mais novos para a
escola, preparar as refeições, fazer as tarefas de casa? Como ele poderá
encontrar tempo para se dedicar a seus hobbies, para ler um livro, para
assistir a um filme? Como ele poderá participar da vida comunitária, votar,
exercer sua cidadania?
A falta de tempo livre tem consequências sérias para a saúde
física e mental. O estresse crônico, a insônia, a ansiedade e a depressão são
apenas algumas das doenças relacionadas ao excesso de trabalho. Além disso, a
falta de tempo para o lazer e a cultura empobrece a vida das pessoas, limitando
suas experiências e suas possibilidades de desenvolvimento pessoal.
É preciso lembrar que o trabalho não é um fim em si mesmo,
mas um meio para se alcançar uma vida digna. Uma vida com tempo para tudo
aquilo que faz de nós seres humanos: amar, aprender, sonhar, criar. Ao defender
a redução da jornada de trabalho, estamos defendendo a qualidade de vida de
todos nós.
Aumentar a jornada de trabalho não é a solução para os
problemas econômicos do país. É preciso investir em educação, em ciência e
tecnologia, em infraestrutura. É preciso criar um ambiente de negócios mais
justo e competitivo, que incentive a inovação e a geração de empregos de
qualidade.
A jornada de trabalho de 60 horas semanais é um retrocesso.
É um ataque aos direitos dos trabalhadores e à dignidade humana. É hora de
dizer não a essa proposta e de lutar por um futuro em que o trabalho seja uma
fonte de realização e não de sofrimento.
Em resumo, a proposta de aumentar a jornada de trabalho para
60 horas semanais representa um retrocesso histórico, com impactos negativos na
saúde física e mental dos trabalhadores, além de limitar suas oportunidades de
desenvolvimento pessoal e social. É fundamental defender a redução da jornada
de trabalho e investir em políticas públicas que promovam a qualidade de vida e
o bem-estar da população.
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img ilustração Pixabay |
Imagine, aqui não entrou nem o ‘Tempo (já) Roubado’ da aposentadoria!
A propósito... em que século
estamos, mesmo?
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Fotografia original do acervo img do autor |
Mas a vida, como se sabe, nem sempre se alinha aos nossos
sonhos. As responsabilidades se acumularam cedo e a necessidade de trabalhar me
afastou um pouco da literatura. Os cadernos, no entanto, continuaram sendo meus
companheiros inseparáveis. Escrevia em qualquer canto, em qualquer momento que
encontrasse um tempinho livre. Eram dezenas de cadernos, todos rabiscados com
letras miúdas e cheios de sonhos.
Naquela época, a tecnologia ainda era um sonho distante. A
máquina de escrever, quando finalmente a adquiri, era um luxo e uma novidade.
Pesada e barulhenta, ela me acompanhou por muitos anos, registrando cada
palavra com o tilintar característico das teclas.
Hoje, com o advento da era digital, a escrita se tornou
ainda mais prazerosa e acessível. Posso criar, editar e publicar meus livros
com apenas alguns cliques. A possibilidade de revisar e atualizar meus textos a
qualquer hora e em qualquer lugar é um privilégio que eu nunca imaginei ter.
Mas, apesar de todas as facilidades que a tecnologia
oferece, ainda sinto uma certa nostalgia pelos cadernos antigos. Aquelas
páginas amareladas, cheias de rabiscos e correções, guardam uma parte
importante da minha história. São testemunhas de uma paixão que nasceu na
infância e que continua viva até hoje.
A escrita é mais do que apenas um hobby para mim. É uma
forma de expressão, uma maneira de compartilhar minhas experiências e
conectar-me com outras pessoas. E, acima de tudo, é uma paixão que me acompanha
desde a infância e que me faz sentir vivo.
Por isso, continuo escrevendo, revisando e aprimorando meus
textos. A cada nova palavra, a cada nova história, sinto a mesma emoção que
sentia quando criança, com a caneta na mão e um mundo de possibilidades à minha
frente.
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Img Ilustração Pixabay |
A memória é um labirinto intrincado, onde guardamos as
preciosidades de nossas vidas. Cada canto, cada curva, cada bifurcação abriga
um fragmento de quem somos, um pedacinho de história que nos moldou. Mas, para
alguns, esse labirinto se transforma em uma névoa densa, obscurecendo os
caminhos e apagando as lembranças. É assim que se manifesta o Alzheimer, um
ladrão silencioso que invade a mente e rouba o passado.
Imagine ter vivido uma vida rica, repleta de experiências e
amores, e de repente, ver tudo se esvair como fumaça ao vento. É como se a
mente se tornasse um livro com páginas em branco, onde antes havia uma
narrativa vibrante. O Alzheimer é um pouco disso: uma doença que apaga as
letras e as palavras, deixando apenas um rastro tênue de quem se foi.
No início, são esquecimentos pequenos, como onde deixou as
chaves ou o nome de um conhecido. Mas, com o tempo, a doença avança e os lapsos
se tornam mais frequentes e mais profundos. A pessoa pode esquecer o rosto de
um filho, o sabor da comida favorita ou até mesmo como realizar tarefas
simples, como tomar um banho ou se vestir.
É uma jornada dolorosa, não apenas para quem sofre da
doença, mas também para os familiares e amigos. Ver um familiar se perder em
sua própria mente é como assistir a um naufrágio em câmera lenta. A cada dia,
um pouco mais daquela pessoa se afasta, deixando para trás um vazio imenso.
No entanto, mesmo diante de um cenário tão desafiador, é preciso manter a esperança. A ciência avança a passos largos, e novas terapias e medicamentos estão sendo desenvolvidos. Além disso, o cuidado e o carinho dos familiares e amigos podem fazer toda a diferença na qualidade de vida do paciente.
Esta crônica, evidentemente, não tem o intuito de informar sobre o mal de Alzheimer — uma profunda névoa que rouba memórias, mas dizer sobre a fragilidade da vida, sobre a importância de cada momento, de cada abraço, de cada palavra dita. É um convite à reflexão sobre como valorizamos nossas memórias e como podemos oferecer apoio e compaixão àqueles que as estão perdendo.
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Ilustração Pixabay |
O Dia do Livro sempre me leva a uma jornada nostálgica,
repleta de lembranças agridoces. A alegria pela celebração desse objeto tão
especial contrasta com a tristeza de uma perda que, por muito tempo, marcou
minha vida.
Quando era mais jovem, a necessidade me obrigou a decidir
com tristeza: vender parte da minha biblioteca. Cada livro que colocava na
caixa de papelão era como se estivesse me despedindo de um velho amigo. Aquele
dia, ao levar os livros para o sebo, senti como se estivesse vendendo um pouco
da minha alma.
Com o passar dos anos, a vida seguiu seu curso, e a
biblioteca foi sendo reconstruída lentamente. Mas a saudade daqueles primeiros
livros sempre esteve presente.
Um dia, passeando pelo centro da cidade, me deparei com uma
livraria de sebo. Entrei por curiosidade e, ao me deparar com as estantes
repletas de livros usados, senti um frio na barriga. Comecei a percorrer os
corredores, passando os dedos pelas lombadas, buscando algum título familiar. E
então, lá estava ele: um dos livros que havia vendido anos atrás.
A emoção foi tão grande que mal consegui acreditar no que
meus olhos viam. Segurei o livro em minhas mãos, sentindo a mesma textura do
papel, o mesmo cheiro de tinta. Era como se o tempo tivesse parado. Naquele
momento, todas as lembranças daquela época voltaram à minha mente.
Ao pagar pelo livro, senti uma alegria indescritível. Era
como se tivesse reencontrado um velho amigo perdido. Ao voltar para casa, abri
o livro e comecei a ler, sentindo a mesma emoção da primeira vez.
Essa experiência me mostrou que, mesmo que a vida nos obrigue a tomar decisões difíceis, a esperança de reencontrar o que perdemos nunca se apaga. E os livros, com sua capacidade de transportar-nos para outros mundos e conectar-nos com diferentes realidades, são um dos maiores tesouros que podemos ter.
O Dia do Livro é uma celebração não apenas da literatura, mas também da memória e da esperança. É um convite para celebrarmos a vida, a amizade e a magia das palavras.
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Ler é bom. |
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Ilustração Pixabay |
Hoje, 12 de outubro, o Brasil se divide em duas celebrações:
o Dia das Crianças e o Dia de Nossa Senhora Aparecida. Enquanto famílias se
reúnem para celebrar a pureza e a inocência da infância, notícias de guerra
ecoam do Oriente Médio, nos lembrando do lado mais sombrio da humanidade.
Confesso que, apesar da alegria de estar cercado por meus
filhos e netos, um peso enorme se instala em meu peito. A cada sorriso
infantil, a cada abraço apertado, a imagem de crianças em outras partes do
mundo, aterrorizadas e órfãs, se torna cada vez mais presente.
Como podemos celebrar a vida em um mundo tão marcado pela
morte? Como podemos nos sentir felizes em um dia como hoje, sabendo que
milhares de pequenos corpos são dilacerados por bombas e balas? É uma
contradição que me atormenta e me faz questionar o sentido da existência.
Sinto-me privilegiado por ter a oportunidade de celebrar
este dia em família, mas também me sinto culpado. É como se estivesse
participando de uma festa em meio a um velório. A alegria parece deslocada
diante de tanto sofrimento.
Nossa Senhora Aparecida, símbolo de fé e esperança, nos
ensina a amar ao próximo como a nós mesmos. Mas como amar ao próximo quando ele
está tão distante, sofrendo tanto? Como manter a fé diante de tanta crueldade?
Neste dia, mais do que nunca, sinto a necessidade de rezar
por todas as crianças do mundo, especialmente por aquelas que estão sofrendo as
consequências de guerras injustas. Que a paz possa prevalecer e que todas as
crianças cresçam em um mundo livre de violência.
Que Nossa Senhora Aparecida interceda por nós, para podermos transformar este mundo em um lugar mais justo e humano. Sim. Que a alegria da infância possa ser um direito de todos, e não um privilégio de poucos.
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Ilustração OpenClipart-Pixabay |
Sou um autor, um escritor, um criador de mundos, um
arquiteto de frases… quer dizer, acho que sou, não sei bem, às vezes tenho
dúvidas disso, talvez eu seja um revisor incansável, um editor implacável
e um crítico literário impiedoso… comigo
mesmo.
A cada palavra que escrevo, um exército de dúvidas se
levanta, um batalhão de “e se”
invade minha mente. Sim, esta palavra está boa? E se eu trocasse por outra?
Será que o adjetivo combina? Pior. Será que a frase inteira é essa? Pior ainda,
a história é essa mesma? Hum, e se eu…
E assim, a dança frenética entre a criação e a destruição se
inicia. É como se eu tivesse dentro de mim um revisor insano, cruel, quiçá até
mesmo seja um sádico, que se aproveita da minha fragilidade ou insegurança
intelectual, tomando conta de tudo.
A cada releitura, descubro um novo erro, uma nova possibilidade, uma nova ideia que, claro, exige a reescrita de tudo o que já foi escrito até aqui! É um ciclo vicioso, um labirinto sem fim, uma espiral descendente rumo à loucura!
Já tentei de tudo pra conter esse impulso autodestrutivo.
Tentei escrever em blocos de notas, em guardanapos, em papéis amassados. Já
tentei ditado, gravação, escrita automática. Nada funciona. A obsessão pela perfeição
me persegue como uma sombra.
E o pior de tudo é que, por mais que me esforce, nunca
consigo ficar satisfeito no final. Sempre acho que poderia ser melhor, mais
brilhante, impactante. É como se estivesse condenado, não adianta, por mais que
me aproxime da ideia, ela sempre se afasta de mim.
O problema é que essa busca incessante pela palavra certa, pela frase perfeita, se torna um labirinto sem fim... viu só? Também repetitivo! Começo a reescrever parágrafos, a mudar a ordem das cenas, a alterar completamente a história, do começo ao fim! É um ciclo vicioso que me consome inteiramente!
A cada revisão, a história se transforma em uma criatura mutante, nunca ficando completamente como deveria ser, nada a ver com sua própria forma, estrutura, enfim, nunca consigo chegar à versão definitiva, sempre falta alguma coisa...
Ah, se ao menos tivesse leitores que comprassem meus livros… poxa, eu teria condições de contratar um revisor profissional, então finalmente me livraria da maldição do revisor interno e pararia de jogar minhas histórias na lata de lixo.
Enquanto isso não acontece, paciência, continuo preso nesse ciclo infernal. Sinceramente, acho que não sou um escritor, já estou começando a achar que sou, mesmo, um revisor torturante, talvez seja mais fácil me dedicar a esse ofício… quiçá eu não desenvolveria melhor meu sadismo... ou será masoquismo?
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img ABI |
Paradoxalmente, a internet, com suas infinitas possibilidades
de conexão, vem nos oferecendo um banquete de informações instantâneas, mas
também uma farta desinformação, onde a verdade se torna cada vez mais difícil
de encontrar.
Assim como alguém que busca a sorte grande em uma loteria,
muitos usuários das redes sociais buscam a validação e a sensação de
pertencimento através da informação imediata, porém sem se preocupar com a
veracidade.
A notícia falsa, a proliferação de discursos de ódio e a
ascensão de influenciadores digitais que manipulam a opinião pública são apenas
algumas das facetas desse jogo perigoso.
A onda de influenciadores vigaristas, por exemplo, expõe a
fragilidade de nossa relação com a informação online. Com a facilidade de criar
e disseminar conteúdo, qualquer pessoa pode se autoproclamar especialista em
determinado assunto e influenciar milhares de pessoas.
Muitos logo percebem, não é mesmo? Porém, muitos ainda não se deram conta que estes atalhos para alcançar o sucesso, com promessas de
enriquecimento rápido e a manipulação de emoções, são as principais armas
desses estelionatários digitais.
A pressa em formar opiniões e a falta de senso crítico sem
mesmo questionar suas motivações e acreditar em tudo o que se lê, vê e ouve,
torna alvo fácil da desinformação e disseminação do caos informacional.
Quem não se lembra do golpe do “bilhete premiado”? Pois é,
muitos seguidores depositam suas esperanças em influenciadores que prometem
soluções milagrosas para seus problemas, seja na área da saúde, das finanças ou
das relações pessoais.
A onda de influenciadores vigaristas é apenas a ponta do
iceberg. A disseminação de fake news, a polarização política (também
religiosa), com discursos de ódio, são outros exemplos dos perigos da
desinformação nas redes sociais.
Para navegar nesse mar de ‘informações’, é fundamental
desenvolver senso crítico mais aguçado. A onda de influenciadores digitais, que
se multiplica a cada dia, é um exemplo claro de perceber essa dualidade.
Muitos desses influenciadores, movidos pela busca por fama e
dinheiro, não hesitam em disseminar informações falsas e enganosas, com
promessa de uma vida perfeita, de riqueza fácil e de sucesso instantâneo.
Portanto, não vamos cair no velho golpe do “bilhete premiado”, afinal
só porque os esquemas fraudulentos estão cada vem mais atrativos e
sofisticados, não significa que nos falte discernimento, juízo, bom senso e
noção da realidade das 'coisas', não é verdade?
Hoje, o calendário marca uma data especial, um marco que
celebra a vida de uma mulher extraordinária. Uma alma que, mesmo ausente
fisicamente, continua a pulsar forte em meu coração.
Ela nasceu sob um céu estrelado, em uma época em que a vida
era construída com as próprias mãos. Cresceu em meio a desafios, moldando um
caráter forte e resiliente. A vida a presenteou com momentos de alegria e de
dor, mas ela os enfrentou com uma dignidade ímpar, sempre buscando a luz no fim
do túnel.
Lembro-me de seus olhos, profundos como o oceano, capazes de
transmitir uma sabedoria ancestral. Sua voz, suave como uma brisa, carregava em
si o poder de acalmar qualquer tempestade. Era uma mulher de poucas palavras,
mas de grande coração. Cada gesto, cada olhar, era um reflexo de sua alma
bondosa e generosa.
Sofreu, sim, mas nunca se deixou abater. Lutadora
incansável, enfrentou as adversidades com a cabeça erguida, sempre buscando o
melhor para si e para os seus. Era uma mulher de fé inabalável, que encontrava
força nas pequenas coisas da vida.
Embora o tempo tenha passado e a distância nos separe, sua presença continua viva em meu coração.
Você foi, e sempre será, meu porto
seguro, meu farol a guiar meus passos. Agradeço a Deus por ter me permitido
compartilhar um pedacinho da sua vida.
Hoje, celebro sua memória com gratidão e
amor.
Que a paz te envolva eternamente.
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REUTERS/Diego Vara |
Setembro, imagina só, como tudo anda mesmo diferente. Pior que até isso também está se tornando banal. Um mês que, antes, tradicionalmente, trazia a promessa de dias mais amenos e colorido, com a beleza das flores da vespertina primavera chegando, agora se transformando em um pesadelo a milhões de brasileiros.
Os incêndios, que se alastraram por diversas regiões do
país, por consequência natural e gradual do tempo, deixaram um silencioso
rastro de destruição e um manto de fumaça obscureceu nossos céus, avançou sobre
nossas cidades e adentrou nossas casas.
A névoa que se espalha por todo o território nacional é mais
do que uma simples cortina de fumaça, aliás, expressão tão utilizada em
campanhas políticas de uns tempos pra cá. Quanto a isso, não é o caso atual,
porque, verdadeiramente, a cortina de fumaça é literalmente vista a olho nu,
testemunhados por todos sem deixar dúvida nenhuma.
Na verdade, mais do que uma simples analogia, é um lembrete
constante da fragilidade do nosso planeta e das consequências devastadoras de
nossas ações. A qualidade do ar, já comprometida em muitas cidades,
deteriorou-se drasticamente, colocando em risco a saúde de milhões de pessoas.
A inalação da fumaça proveniente dos incêndios pode causar
uma série de problemas respiratórios, como tosse, irritação na garganta,
dificuldade para respirar e até mesmo o agravamento de doenças mais crônicas,
como asma e bronquite. Além disso, tal exposição prolongada dessas partículas
pode aumentar o risco de desenvolver doenças cardiovasculares e câncer.
Muitas crianças, muitos idosos e pessoas com doenças
preexistentes são os mais vulneráveis aos efeitos da poluição do ar. Hospitais
e unidades de saúde estão sobrecarregados com o aumento do número de pacientes
com problemas respiratórios. A fumaça dos incêndios também causa irritação nos
olhos, pele e mucosas, afetando a qualidade de vida de toda a população em
geral.
A névoa que cobre o país, amiúde, é um sinal alarmante de
que precisamos mudar nossas práticas e adotar medidas mais eficazes para
combater os incêndios e proteger o meio ambiente de uma vez por todas.
É nitidamente notório a prevenção, e isso inclui investir
mais em educação ambiental, fiscalizar as atividades que podem gerar focos de
incêndio e fortalecer os órgãos responsáveis pelo combate às queimadas,
inclusive punindo com rigor da lei os atos criminosos provocados
deliberadamente.
A crise que estamos vivendo exige uma ação conjunta de todos
os setores da sociedade. É preciso que os governos, as empresas e os cidadãos
trabalhem em conjunto pra encontrar soluções duradouras para esse problema.
Afinal, a saúde do nosso planeta e de todos os seres vivos que o habitam
depende de nossas ações.
É sério: a névoa que paira sobre o país é mais outro lembrete sombrio de que o futuro do planeta está em nossas mãos. É hora de agirmos antes que seja tarde demais.
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Img-DreamDigitalArtist-Pixabay |
A Educação Física, disciplina presente em nossas vidas desde
a infância, muitas vezes é vista apenas como um momento de lazer, de
brincadeiras e de suor na escola. No entanto, seu papel vai muito além da simples
prática de exercícios físicos. A Educação Física é um campo fértil para o
desenvolvimento integral do indivíduo, moldando não apenas o corpo, mas também
a mente e o espírito.
Nas aulas de Educação Física, as crianças e os adolescentes
têm a oportunidade de explorar suas capacidades físicas, desenvolvendo
coordenação motora, força, resistência e flexibilidade. Mas os benefícios vão
além do aspecto físico. Através dos jogos e das diversas atividades propostas,
os alunos aprendem a trabalhar em equipe, a respeitar as regras, a lidar com a
vitória e a derrota, a desenvolver o espírito esportivo e a construir relações
interpessoais saudáveis.
Além disso, a Educação Física na escola contribui para a
formação de hábitos de vida saudáveis, incentivando a prática regular de
atividades físicas e a adoção de uma alimentação equilibrada. Ela também é um
espaço para a promoção da saúde mental, ajudando a reduzir o estresse e a
ansiedade, tão comuns na vida moderna.
Na vida diária, a importância da Educação Física se estende
para além dos muros da escola. A prática regular de atividades físicas é
fundamental para a manutenção da saúde física e mental em todas as fases da
vida. Ela ajuda a prevenir doenças crônicas, como a obesidade, o diabete e as
doenças cardiovasculares, contribuindo para o bem-estar geral.
Mas a Educação Física não se limita à prática de esportes.
Ela está presente em todas as nossas atividades cotidianas, desde os simples
atos de caminhar e subir escadas até a realização de tarefas mais complexas. A
consciência corporal e a coordenação motora desenvolvidas nas aulas de Educação
Física nos ajudam a realizar nossas atividades com mais eficiência e segurança.
Em resumo, a Educação Física é um componente essencial para o desenvolvimento integral do indivíduo. Seja na escola ou na vida diária, a prática de atividades físicas traz inúmeros benefícios para a saúde física e mental. Ao longo da vida, a Educação Física nos acompanha, moldando nossos corpos e nossas mentes, e contribuindo para uma vida mais saudável e feliz.
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Laurent Parcelier |
Um mês de transições e celebrações. Mês das flores mais vivas em cores, anunciando a primavera, que chega ao Brasil como uma estação sempre bem-vinda, trazendo consigo a promessa de dias mais longos e quentes. É um período de transição, onde o inverno se despede e a natureza se renova em um espetáculo de cores e aromas.
Também é um mês complexo ao despertar em nós uma gama de
sentimentos. A alegria pela chegada da primavera se mistura com a nostalgia do
inverno que se foi. A esperança de um futuro promissor convive com a ansiedade
por tudo o que continua por vir. Sim, um mês de renovação, de novos começos,
mas também de despedidas.
Setembro também é um mês dedicado à conscientização sobre
diversas questões de saber como anda a nossa saúde. Setembro Amarelo, por
exemplo, chama a atenção para a prevenção do suicídio, enquanto Setembro
Vermelho alerta para os cuidados com o coração. É uma oportunidade para
refletir sobre nosso bem-estar e buscar ajuda quando necessário.
A primavera se intensifica transformando o país em um
verdadeiro jardim. As flores desabrocham, as árvores ganham novas folhas e os
pássaros cantam com mais vigor. É a época perfeita para apreciar a natureza e
realizar atividades ao ar livre.
Em meio as celebrações e transformações, setembro nos
convida à reflexão. É um momento para agradecer por tudo o que temos, e também
traçar novos planos e celebrar a vida.
Em resumo, o mês de setembro é especial para os brasileiros,
por ser repleto de significado e emoções. É um nono período de transição, de
celebrações e de renovação. Que possamos aproveitar cada momento desse mês com
alegria e gratidão.
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Maternidade - Pablo Picasso |
O ato de amamentar transcende a simples nutrição. É um
abraço íntimo, uma dança ancestral entre mãe e filho, um elo que se tece fio a
fio, gota a gota, em um balé silencioso e poderoso. O leite materno, essa alquimia
perfeita da natureza, é muito mais do que alimento: é a primeira vacina, o
primeiro conforto, a primeira casa do bebê.
Em um mundo cada vez mais acelerado, onde a tecnologia nos
invade por todos os lados, o aleitamento materno se apresenta como um refúgio,
um momento de puro amor e conexão. É nos braços da mãe que o bebê encontra a
segurança que precisa para explorar o mundo, é no sabor único do leite materno
que ele descobre os primeiros sabores da vida.
Mas a importância do aleitamento materno vai além do vínculo
afetivo. Ele é um escudo protetor contra inúmeras doenças, fortalecendo o
sistema imunológico do bebê e reduzindo o risco de infecções respiratórias,
alergias e até mesmo obesidade na vida adulta. Para a mãe, a amamentação também
traz benefícios, como a redução do risco de câncer de mama e de ovário, além de
auxiliar na recuperação pós-parto.
No entanto, a prática do aleitamento materno ainda enfrenta
muitos desafios. A falta de informação, o retorno precoce ao trabalho e a
pressão social são alguns dos obstáculos que muitas mães enfrentam. É
fundamental que a sociedade como um todo se mobilize para oferecer apoio e
incentivo às mulheres que amamentam, criando ambientes favoráveis e garantindo
o direito à licença-maternidade adequada.
O leite materno é um presente da natureza, é um tesouro que
merece ser valorizado e protegido. Que cada gota desse líquido precioso seja um
símbolo de amor, cuidado e esperança para um futuro mais saudável para as
crianças.
Breno Altman é um jornalista brasileiro conhecido por suas
posições críticas ao sionismo e por ser o fundador do portal de notícias Opera Mundi.
Suas opiniões sobre a questão Palestina e Israel, em
particular, têm gerado debates acalorados e o colocado no centro de diversas
controvérsias.
Crítico ferrenho do sionismo (ideologia que defende a
autodeterminação do povo judeu e a criação de um Estado judeu), suas críticas
se baseiam em uma análise histórica e política da questão Palestina, onde ele
argumenta que o sionismo é uma doutrina colonial e racista.
Em seu portal de notícias, que se destaca por sua linha
editorial independente e crítica, o site cobre uma ampla gama de temas, com um
foco especial em política internacional e questões sociais.
Devido às suas posições, Altman tem sido alvo de diversas
críticas e processos judiciais. Ele já foi acusado de antissemitismo, uma
acusação que ele refuta veementemente. Altman argumenta que sua crítica ao
sionismo não é uma crítica ao judaísmo, mas sim a uma ideologia política
específica.
Além de seus artigos e programas no Opera Mundi, Altman
também é autor de livros, como "Contra o Sionismo", onde aprofunda
sua análise sobre a questão Palestina e o sionismo.
Por que Breno Altman é importante?
Este jornalista representa uma voz dissidente e singular no
debate sobre a questão Palestina, oferecendo uma perspectiva crítica que muitas
vezes não é apresentada pela grande mídia.
Seu trabalho tem se destacado como um exemplo de jornalismo
independente e crítico no Brasil, contribuído para um debate mais aprofundado
sobre o sionismo, suas origens e suas implicações para a região do Oriente
Médio.
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Ilustração: OpenClipart-Vectors |
A História das Drogas e a Questão da Licitude
A relação do ser humano com substâncias que alteram a
consciência é tão antiga quanto a própria civilização.
Desde os primórdios, diversas culturas utilizavam plantas e
substâncias naturais com propriedades psicoativas em rituais religiosos,
tratamentos médicos e até mesmo em atividades cotidianas.
A Evolução do Conceito de Droga
O termo
"droga" como o conhecemos hoje passou por uma significativa evolução
histórica.
Inicialmente, qualquer substância utilizada para fins
medicinais ou terapêuticos era considerada uma droga. Com o tempo, o conceito
se ampliou para incluir substâncias que alteram o estado mental, seja para fins
recreativos ou terapêuticos.
A distinção entre o que é lícito e ilícito é uma construção social e histórica que varia de cultura para cultura e ao longo do tempo.
O que era considerado uma substância medicinal em uma época
pode ser proibida em outra, e vice-versa. Essa classificação é influenciada por
diversos fatores, como:
A Relatividade do Conceito de Droga
É importante ressaltar que a classificação de uma substância
como droga não é absoluta.
Qualquer substância, quando consumida em excesso ou de
forma inadequada, pode causar danos à saúde e levar à dependência.
O chocolate, por exemplo, é amplamente consumido e
considerado um alimento, mas o consumo excessivo pode levar à obesidade e
outros problemas de saúde. Nesse sentido, o chocolate também pode ser
considerado uma droga, embora seja legal e socialmente aceito.
Outros exemplos de substâncias que podem ser consideradas
drogas em determinadas situações incluem:
A Importância de um Debate Abrangente
A discussão sobre drogas é complexa e envolve aspectos
sociais, culturais, políticos e econômicos. É fundamental que o debate seja
conduzido de forma aberta e informada, considerando os benefícios e os riscos
de cada substância, bem como as implicações das políticas de proibição e
legalização.
Em resumo, a história das drogas nos mostra que a
classificação de uma substância como lícita ou ilícita é um processo dinâmico e
sujeito a mudanças.
É importante que a sociedade como um todo reflita sobre os
critérios utilizados para essa classificação e busque soluções mais eficazes
para lidar com o problema do uso de drogas.
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img Iphan TO |
A capoeira, um tesouro cultural do Brasil, transcende as
fronteiras do esporte e da arte marcial, revelando-se como um rico mosaico de
história, música, dança e resistência. Nascida nas senzalas, onde a luta pela
liberdade se manifestava dissimuladamente.
A capoeira é muito mais do que uma simples sequência de
movimentos. É um grito de liberdade, um jogo de corpo e alma, um canto de
identidade e uma celebração da cultura afro-brasileira.
Na roda de capoeira, o corpo se transforma em instrumento de
expressão. Os movimentos fluidos e acrobáticos, a ginga hipnotizante e os
golpes precisos formam uma linguagem única, capaz de contar histórias
milenares. Mas a capoeira não se resume à técnica.
A música, com seus berimbaus, atabaques e pandeiros, cria um
ritmo contagiante que guia os movimentos e alimenta a alma. A roda, por sua
vez, é um espaço sagrado onde se estabelecem laços de amizade, respeito e
companheirismo.
Mais que uma luta, a capoeira é uma filosofia de vida que
valoriza a disciplina, a humildade, a inteligência e o respeito ao próximo. O
capoeirista não busca apenas a perfeição técnica, mas também o aprimoramento
pessoal e a conexão com suas raízes.
Ao praticar capoeira, ele resgata a memória de seus
ancestrais e contribui para a construção de um futuro mais justo e igualitário.
Reconhecida pela UNESCO como Patrimônio Cultural Imaterial
da Humanidade, a capoeira é um bem precioso que deve ser preservado e
difundido. Ao longo dos anos, ela se espalhou por diversos países, conquistando
adeptos de todas as idades e origens. No entanto, é fundamental que a capoeira
mantenha suas raízes e continue a ser praticada de forma autêntica,
transmitindo seus valores e conhecimentos às novas gerações.
A capoeira é muito mais do que um esporte ou uma arte
marcial. É um símbolo de resistência, um patrimônio cultural e uma expressão da
alma brasileira. Ao praticar capoeira, estamos não apenas cuidando do nosso
corpo, mas também fortalecendo nossa identidade e contribuindo para a
construção de um mundo mais justo e igualitário.
As principais vertentes da capoeira, são a Angola e a
Regional, destacando-se por sua importância para a educação, na qual reflete
sobre o papel da capoeira na formação integral do indivíduo, promovendo o
desenvolvimento físico, social e emocional.
Ver links
Angola Poa: Professor Renatinho e Professor Jauri
Capoeira Angola Sabedoria Popular. Renatinho e Jauri narram as suas trajetórias até a fundação do grupo e discorrem sobre a filosofia de capoeira que o grupo preserva e sobre a ideia de tradição. Falam ainda da experiência de coordenar a roda de rua semanal em frente ao Mercado Público (Largo Glênio Peres), Porto Alegre.
Capoeira de Angola - Bahia