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Fotografia original do acervo img do autor |
Uma Vida Entre Páginas.
Mas a vida, como se sabe, nem sempre se alinha aos nossos
sonhos. As responsabilidades se acumularam cedo e a necessidade de trabalhar me
afastou um pouco da literatura. Os cadernos, no entanto, continuaram sendo meus
companheiros inseparáveis. Escrevia em qualquer canto, em qualquer momento que
encontrasse um tempinho livre. Eram dezenas de cadernos, todos rabiscados com
letras miúdas e cheios de sonhos.
Naquela época, a tecnologia ainda era um sonho distante. A
máquina de escrever, quando finalmente a adquiri, era um luxo e uma novidade.
Pesada e barulhenta, ela me acompanhou por muitos anos, registrando cada
palavra com o tilintar característico das teclas.
Hoje, com o advento da era digital, a escrita se tornou
ainda mais prazerosa e acessível. Posso criar, editar e publicar meus livros
com apenas alguns cliques. A possibilidade de revisar e atualizar meus textos a
qualquer hora e em qualquer lugar é um privilégio que eu nunca imaginei ter.
Mas, apesar de todas as facilidades que a tecnologia
oferece, ainda sinto uma certa nostalgia pelos cadernos antigos. Aquelas
páginas amareladas, cheias de rabiscos e correções, guardam uma parte
importante da minha história. São testemunhas de uma paixão que nasceu na
infância e que continua viva até hoje.
A escrita é mais do que apenas um hobby para mim. É uma
forma de expressão, uma maneira de compartilhar minhas experiências e
conectar-me com outras pessoas. E, acima de tudo, é uma paixão que me acompanha
desde a infância e que me faz sentir vivo.
Por isso, continuo escrevendo, revisando e aprimorando meus
textos. A cada nova palavra, a cada nova história, sinto a mesma emoção que
sentia quando criança, com a caneta na mão e um mundo de possibilidades à minha
frente.