O UMBIGO DO MUNDO





Desde o momento que deixei de olhar meu próprio umbigo para tentar enxergar o umbigo do mundo, venho desde lá, de minha adolescente juventude, ainda escutando falar das guerras no Oriente Médio.

 

Conflitos que se arrastam por décadas, que já ceifaram a vida de milhares de pessoas, que deixaram um rastro de destruição e miséria em várias regiões ou lugares. Conflitos alimentados por um sentimento de intolerância e ódio que parece nunca ter fim, como uma história inacabável.

 

De um lado, estão os muçulmanos, que reivindicam o território da Palestina como seu, e do outro, os sionistas, que defendem o direito de Israel de existir como estado judeu.

 

Em meio a essa disputa, o povo palestino é o que mais sofre, pelo menos desde 1948, quando Israel foi fundado, e os palestinos foram expulsos de suas terras, vivendo em campos de refugiados, sendo sempre vítimas de constantes ataques israelenses.

 

O conflito entre muçulmanos e sionistas é um problema complexo, que simplesmente não tem solução fácil. Volta e meia estão sempre se atacando, àquelas disputas constantes, que a gente sempre constata na tevê. Sei, pimenta nos olhos dos outros não dói, não é mesmo? Mesmo assim, é preciso haver um esforço mútuo para encontrar um caminho de paz. 

 

A intolerância e o ódio são os principais inimigos da paz em qualquer parte do mundo, também não será diferente no Oriente Médio. Do contrário, será sempre isso: de um lado, os muçulmanos são acusados de serem violentos e intolerantes. De outro, os sionistas são acusados de serem expansionistas e discriminatórios.

 

Não obstante, essas acusações, muitas vezes, são baseadas em estereótipos e preconceitos, sem falar no mercado das armas correndo secretamente por trás. Mas o planeta não é mais o mesmo, o mundo já corre o risco climático causado pelo homem, não mais por eventos naturais, o que se dirá do holocausto nuclear… 

 

Além disso, é preciso lembrar que os muçulmanos são uma religião com mais de 1,8 bilhão de seguidores espalhados por todo o mundo, sendo impossível generalizar sobre uma população tão grande, portanto, não aceitar isso é pura estupidez. 

 

O mesmo vale para os judeus. Os sionistas são um movimento político que defende o direito de Israel de existir como estado judeu. Em vista disso, não se pode confundir o movimento sionista com todos os judeus do mundo. É importante entender que o conflito entre muçulmanos e sionistas é um conflito entre dois grupos de pessoas, não entre duas religiões ou duas etnias. 

 

Aliás, por falar em etnias, conheci um casal que já quebrou esse paradigma: ele é um judeu brasileiro de família ortodoxa casado com uma brasileira, filha de imigrantes alemães luteranos. Para agradar aos pais, casaram-se duas vezes, ou seja, igreja e sinagoga. Quer saber? Pelo que se soube, não houve constrangimento religioso nenhum.   

 

Evidentemente, isso é algo mais raro acontecer, embora exista, sim, essas particulares revoluções familiares, também. E por mais que essas palavras possam representar um clichê, a única solução para o conflito no Oriente Médio é a paz. Sem isso, obviamente, as duas partes nunca estarão dispostas a dialogar e a ceder os prejuízos de ambos os lados, continuarão cada qual olhando eternamente seu próprio umbigo.  

 

Os muçulmanos precisam reconhecer o direito de Israel de existir como estado judeu. Os sionistas também precisam reconhecer o direito dos palestinos de viver em paz e segurança em seu próprio território, possibilitando acordos entre si.

 

É preciso um esforço conjunto para construir um futuro de paz e prosperidade para todos os povos do Oriente Médio. A guerra, por si, só, é uma tragédia única, igual a todos, sem distinção nenhuma, mesmo com diferenças. Fora isso, a guerra destrói vidas, destrói famílias e destrói sonhos.

 

No Oriente Médio, a guerra já dura décadas e já causou um sofrimento inimaginável. É hora de acabar com essa guerra e construir um futuro de paz para o bem de todos os povos da região.

 

Sim, isso é um problema complexo, que não tem solução fácil. Mas é preciso haver um esforço mútuo para encontrar um caminho de paz. A intolerância e o ódio são os principais inimigos da paz. É preciso lembrar que os muçulmanos e os judeus são pessoas, não inimigos. É hora de acabar com essa guerra e construir um futuro de paz para todos os povos da região. 

 

Não sou ninguém importante ou influente ao escrever essa crônica, sei muito bem disso, mas mesmo assim não cogito defender nenhum dos lados desse conflito. Quiçá, exista sionista ou muçulmano que pensa o mesmo. Meu objetivo é somente chamar a atenção para a tragédia. É preciso que todos nós, cidadãos do mundo, nos mobilizemos para acabar com essa guerra e construir um futuro de paz para todos os povos da região.


Até quando?



Surgimento do Estado de Israel

https://encyclopedia.ushmm.org/content/pt-br/article/postwar-refugee-crisis-and-the-establishment-of-the-state-of-israel

Origem da Palestina.