O TERRORISMO DAS FAKE NEWS

 

Photo by Ahmad Khatiri


O TERRORISMO DAS FAKE NEWS

 

Não diga tudo o que sabes

Não faças tudo o que podes

Não acredite em tudo que ouves

Não gaste tudo o que tens

Porque:

Quem diz tudo o que sabe

Quem faz tudo o que pode

Quem acredita em tudo o que ouve

Quem gasta tudo o que tem

Muitas vezes diz o que não convém

Faz o que não deve

Julga o que não vê

Gasta o que não pode, também.

(Provérbio Árabe)


Muitos brasileiros acreditam em tudo o que a mídia diz, publicamente. Não se dão conta do sensacionalismo oportunista. Mal sabem que eles estão em busca do algoritmo lucrativo correndo por trás. Isso sem falar dos propósitos ideológicos extremistas; aliás, uma estratégia ainda mais invisível.

Pois a notícia de que guerrilheiros de Hamas tenham degolado 40 crianças não existe nenhuma prova ou verificação oficial. Afinal, onde estão as mães, seus familiares? E onde estão os cadáveres destes bebês?

Não é somente culpa dos judeus nem dos palestinos, a culpa é nossa ignorância, nossa estupidez de não saber analisar ou discernir a informação de uma notícia. Pior: muitas vezes são notícias espalhadas até por gente bem esclarecida. Muitos, aliás, são jornalistas de grandes veículos de comunicação.

Essa notícia foi divulgada nas redes sociais, no entanto, paradoxalmente antagônico, as terríveis imagens de pais palestinos sobre os escombros, trazendo suas crianças mortas nos braços, eram falsas imagens? Será que alguém ainda duvida da dor diante desse terror revelado?

Afinal, qual o propósito disso tudo? Será que brincam de terror? Ora, segundo a UNICEF, entre 2000 e 2023, mais de 25.000 crianças foram mortas ou mutiladas em conflitos no Oriente Médio — e isso não é mentira! 

Será que pensam que o ser humano está reduzido a isso: logaritmos? Ou será porque pensam que já esquecemos da crueldade que ocorreu recentemente, aqui, no Brasil?

Não que seja uma comparação aos números da mortalidade na Palestina, mas neste caso, específico, com a tragédia e consequência das Fake News também no Brasil. 

Cabe ressaltar, relembrar mais uma vez. 

Um homem de 25 anos invadiu uma creche na cidade de Blumenau, Santa Catarina, e matou quatro crianças a machadadas, deixando ainda outras crianças feridas. O ataque foi um crime horrível e sem sentido nenhum.

As vítimas eram só crianças inocentes. Estavam ali, amiúde, só crianças brincando felizes. Para elas, recém estava começando o sonho de suas vidas. Estavam vivendo o momento presente, sem se importar com o que poderia acontecer, mas se sentiam seguras. Quem as observasse, por exemplo, seria impossível não sentir a sensação de paz e esperança, afinal, toda criança é o futuro do mundo, e, mais tarde, será com elas que recairá a responsabilidade de construir um mundo melhor. Isso, aliás, também vale para as crianças da Palestina, igualmente.

Pois bem, ao se saber da notícia, no começo, muita gente até pensou se tratar de uma Fake News, realmente. 

Houve gente argumentando que não havia provas ou verificação oficial do ataque, imagine, pois é, tanta mentira que vivem dizendo por aí, inclusive de que 40 crianças israelenses foram degoladas. Na verdade, é difícil mesmo de acreditar.

Todavia, a evidência do ataque em Blumenau foi clara. A polícia confirmou que ocorreram quatro mortes e quatro ferimentos de mais outras crianças. Famílias das vítimas confirmaram, sim, que seus filhos haviam sido mortos ou feridos no ataque. 

De fato, o ataque à creche em Blumenau foi uma tragédia real, não era uma Fake News. A sociedade, inclusive, refletiu e questionou que isso poderia também acontecer em lugares considerados até mais seguros.

Portanto, a verificação dos fatos é muito importante saber. Não devemos acreditar em tudo o que lemos ou ouvimos, mesmo se vier de fontes confiáveis. É importante verificar toda informação antes de compartilhá-la. Podemos fazer isso procurando outras fontes que confirmem a notícia, mesmo que leve algum tempo. Isso evita a disseminação de Fake News.

Quanto mais Fake News forem divulgadas, mais poderão ser prejudiciais, por poderem causar danos à reputação de muitas pessoas ou organizações. Elas também podem levar a decisões equivocadas, causando ainda mais descréditos exponenciais, sobretudo, muita dor e sofrimento à própria humanidade. Sejamos, então, mais humanos, respeitemos a dor, diga não às Fake News.