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O TERRORISMO DAS FAKE NEWS
Não diga tudo o que sabes
Não faças tudo o que podes
Não acredite em tudo que ouves
Não gaste tudo o que tens
Porque:
Quem diz tudo o que sabe
Quem faz tudo o que pode
Quem acredita em tudo o que ouve
Quem gasta tudo o que tem
Muitas vezes diz o que não convém
Faz o que não deve
Julga o que não vê
Gasta o que não pode, também.
(Provérbio Árabe)
Muitos brasileiros acreditam em tudo o que a mídia diz,
publicamente. Não se dão conta do sensacionalismo oportunista. Mal sabem que
eles estão em busca do algoritmo lucrativo correndo por trás. Isso sem falar
dos propósitos ideológicos extremistas; aliás, uma estratégia ainda mais
invisível.
Pois a notícia de que guerrilheiros de Hamas tenham degolado
40 crianças não existe nenhuma prova ou verificação oficial. Afinal, onde estão
as mães, seus familiares? E onde estão os cadáveres destes bebês?
Não é somente culpa dos judeus nem dos palestinos, a culpa é
nossa ignorância, nossa estupidez de não saber analisar ou discernir a
informação de uma notícia. Pior: muitas vezes são notícias espalhadas até por
gente bem esclarecida. Muitos, aliás, são jornalistas de grandes veículos de
comunicação.
Essa notícia foi divulgada nas redes sociais, no entanto,
paradoxalmente antagônico, as terríveis imagens de pais palestinos sobre os
escombros, trazendo suas crianças mortas nos braços, eram falsas imagens? Será
que alguém ainda duvida da dor diante desse terror revelado?
Afinal, qual o propósito disso tudo? Será que brincam de
terror? Ora, segundo a UNICEF, entre 2000 e 2023, mais de 25.000 crianças foram
mortas ou mutiladas em conflitos no Oriente Médio — e isso não é mentira!
Será que pensam que o ser humano está reduzido a isso:
logaritmos? Ou será porque pensam que já esquecemos da crueldade que ocorreu
recentemente, aqui, no Brasil?
Não que seja uma comparação aos números da mortalidade na
Palestina, mas neste caso, específico, com a tragédia e consequência das Fake
News também no Brasil.
Cabe ressaltar, relembrar mais uma vez.
Um homem de 25 anos invadiu uma creche na cidade de
Blumenau, Santa Catarina, e matou quatro crianças a machadadas, deixando ainda
outras crianças feridas. O ataque foi um crime horrível e sem sentido nenhum.
As vítimas eram só crianças inocentes. Estavam ali, amiúde,
só crianças brincando felizes. Para elas, recém estava começando o sonho de
suas vidas. Estavam vivendo o momento presente, sem se importar com o que
poderia acontecer, mas se sentiam seguras. Quem as observasse, por exemplo,
seria impossível não sentir a sensação de paz e esperança, afinal, toda criança
é o futuro do mundo, e, mais tarde, será com elas que recairá a
responsabilidade de construir um mundo melhor. Isso, aliás, também vale para as
crianças da Palestina, igualmente.
Pois bem, ao se saber da notícia, no começo, muita gente até
pensou se tratar de uma Fake News, realmente.
Houve gente argumentando que não havia provas ou verificação
oficial do ataque, imagine, pois é, tanta mentira que vivem dizendo por aí,
inclusive de que 40 crianças israelenses foram degoladas. Na verdade, é difícil
mesmo de acreditar.
Todavia, a evidência do ataque em Blumenau foi clara. A
polícia confirmou que ocorreram quatro mortes e quatro ferimentos de mais
outras crianças. Famílias das vítimas confirmaram, sim, que seus filhos haviam
sido mortos ou feridos no ataque.
De fato, o ataque à creche em Blumenau foi uma tragédia
real, não era uma Fake News. A sociedade, inclusive, refletiu e questionou que
isso poderia também acontecer em lugares considerados até mais seguros.
Portanto, a verificação dos fatos é muito importante saber.
Não devemos acreditar em tudo o que lemos ou ouvimos, mesmo se vier de fontes
confiáveis. É importante verificar toda informação antes de compartilhá-la.
Podemos fazer isso procurando outras fontes que confirmem a notícia, mesmo que
leve algum tempo. Isso evita a disseminação de Fake News.
Quanto mais Fake News forem divulgadas, mais poderão ser
prejudiciais, por poderem causar danos à reputação de muitas pessoas ou
organizações. Elas também podem levar a decisões equivocadas, causando ainda
mais descréditos exponenciais, sobretudo, muita dor e sofrimento à própria
humanidade. Sejamos, então, mais humanos, respeitemos a dor, diga não às Fake
News.