HOLODOMOR




 

Descobri o petróleo na década de 70. Foi no bairro do Zumbi, menor bairro do Rio. Fica na Ilha do Governador. Chamávamos de piche o óleo já processado. Existia em todo lugar, inclusive no calor do asfalto, quando sentíamos o piche amolecido sob nossos pés. O cheiro também era forte. Nessa época já existia a Transpetro na Ilha D'água[1]. Víamos os navios atracando e por vezes aconteciam vazamentos de óleo, as praias ficavam tomadas de manchas sobre as rochas costeiras, sobre as roupas e sobre nossas peles, então elas também passaram a existir em nossas vidas, cotidianamente.

O petróleo é muito antigo. Claro, não tão antigo quanto a idade do planeta. Este tem cerca de 4,5 bilhões de anos, já o petróleo, cerca de apenas 500 milhões de anos, pelo que andei lendo a respeito. Sua origem está relacionada à decomposição de seres orgânicos, especialmente plânctons, tipo adubo natural de baixo teor de oxigênio, também utilizado em jardins. Evidentemente, não como adubo doméstico, afinal a decomposição leva milhões de anos para se acumular em várias camadas no subsolo, isso inclui seus derivados, como o carvão mineral e o gás natural, todos formados pela decomposição de organismos vivos. Todavia, quando falamos sobre o petróleo, muitas pessoas têm a impressão de que essa substância somente apareceu na história com o advento da Revolução Industrial, como se tivesse sido fabricada em série também. Contudo, desde a Antiguidade, temos registros que revelam sobre a existência desse material utilizado em antigas civilizações. Os egípcios, por exemplo, utilizaram até para embalsamar seus mortos. Os povos pré-colombianos também utilizaram o produto em pavimentação de estradas. Na antiga Babilônia, fizeram isso, igualmente. Logicamente, extraíam das rochas de carvão. Porém, em 1850, na Escócia, James Young descobriu que o petróleo podia ser extraído do carvão e xisto betuminoso, criando processos de refinação. Então, em 1859, na Pensilvânia, nos Estados Unidos, as descobertas aumentaram. Nessa ocasião, aliás, foi perfurado o primeiro poço de petróleo do mundo. O nome do sujeito era Edwin Drake, também conhecido como Coronel Drake. Pode-se dizer, ali, que ele foi o primeiro a criar uma técnica de extrair o petróleo do subsolo. A partir daí a coisa engrenou de vez, tornando a produção já em escala industrial, tecnológica.

No Brasil, a existência do petróleo era com base no relato de populares durante os tempos do regime imperial, isso devido à extração de betume nas margens do rio Marau, na Bahia. Nessa época, chamavam o petróleo de lama preta, servindo como combustível de lamparina, inclusive realizaram-se testes e experimentos que atestavam a existência de petróleo nessa localidade. Contudo, (pra variar), ninguém possuía contatos influentes para investir em pesquisa. Na verdade, somente em 1932, o presidente Getúlio Vargas deu início ao achado, de modo que a descoberta foi cercada por uma série de medidas institucionais do governo brasileiro. Em 1938, a discussão sobre o uso e a exploração dos recursos do subsolo brasileiro viabilizou a criação do Conselho Nacional do Petróleo. Em suas primeiras ações, o conselho determinou várias diretrizes com respeito ao petróleo e determinou que a jazida pertencesse à União. Assim, no ano seguinte, o primeiro poço de petróleo foi encontrado no bairro de Lobato, Bahia. Obviamente, novos projetos governamentais saíram em busca de outros campos de petróleo ao longo do território brasileiro. Tanto é que, em 1941, o governo anunciou o campo de exploração petrolífera de Candeias, Bahia. E apesar das descobertas em pequena escala, em 1953, a oficialização do monopólio estatal sobre a atividade petrolífera, criou-se a empresa estatal Petróleo Brasileiro S.A. (Petrobras). Novas medidas ampliaram o grau de atuação da Petrobras na economia brasileira, então a empresa desenvolveu um projeto de extração, iniciando a exploração de petróleo em águas profundas.

Com o passar do tempo, o Brasil tornou-se uma das únicas nações a dominar a tecnologia de exploração petrolífera em águas profundas e ultra profundas. Aí, veja bem, o olho dos acionistas cresceu. Em 1997, durante o governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, uma lei aprovou a extinção do monopólio estatal sobre a exploração petrolífera e permitiu que empresas do setor privado também competissem na atividade. Tal medida visava ampliar as possibilidades de uso dessa riqueza no mercado de ações.

Em 2003, a descoberta de outras bacias estabeleceu um novo período da atividade petrolífera no Brasil. A capacidade de produção de petróleo supriu 90% da demanda por essa fonte de energia e seus derivados no país. Em 2006, esse volume de produção atingiu patamares ainda mais elevados e conseguiu superar, pela primeira vez, o valor da demanda total da nossa economia. A conquista da autossuficiência permitiu o desenvolvimento da economia e o aumento das vagas de emprego. Melhor ainda: no ano de 2007, o governo brasileiro anunciou a descoberta de um novo campo de exploração petrolífera na chamada camada pré-sal, podendo dobrar o volume de produção de óleo e gás de combustível no Brasil. Contudo, diante da especulação do mercado internacional de preços, tal expectativa de lucros foi mais gananciosa no âmbito político e econômico do país. Aliás, isso já vinha ocorrendo na Venezuela, por isso o bloqueio econômico contra Nicolas Maduro. Nessa ocasião, Dilma Rousseff, reeleita presidenta em 2014, acusada de pedalada fiscal, sofreu o golpe parlamentar com apoio da mídia empresarial. Isso porque o Partido dos Trabalhadores mantinha uma política social de governo que, por norma ideológica, delimitaria lucros exorbitantes aos mais ricos, porém, em contrapartida, possibilitaria o desenvolvimento econômico aos mais pobres. Todavia, com apoio dos Estados Unidos, a Lava-Jato entrou em ação para interromper esse processo.

Hoje, isso ficou mais fácil do povo brasileiro perceber. Em 2023, a Petrobras irá completar 70 anos de existência. No entanto, Jair Bolsonaro quer a vender aos grupos privados a preço de banana (a mesma que ele exibia no cercadinho, lembra?), por entender que a empresa não traz lucro, somente dor de cabeça, assim como fora a Eletrobras, a Vale do Rio Doce para FHC, simples assim, não? Consulte, relembre, reflita, porque esta imagem ficará para sempre na História.



[1] Ilha localizada no interior ocidental da Baía de Guanabara, onde se realizam operações de cabotagem, facilitando o transporte de diversos produtos de petróleo.





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Descobri o petróleo na década de 70. Foi no bairro do Zumbi, menor bairro do Rio. Fica na Ilha do Governador. Chamávamos de piche o óleo já processado. Existia em todo lugar, inclusive no calor do asfalto, quando sentíamos o piche amolecido sob nossos pés. O cheiro também era forte. Nessa época já existia a Transpetro na Ilha D'água[1]. Víamos os navios atracando e por vezes aconteciam vazamentos de óleo, as praias ficavam tomadas de manchas sobre as rochas costeiras, sobre as roupas e sobre nossas peles, então elas também passaram a existir em nossas vidas, cotidianamente.

O petróleo é muito antigo. Claro, não tão antigo quanto a idade do planeta. Este tem cerca de 4,5 bilhões de anos, já o petróleo, cerca de apenas 500 milhões de anos, pelo que andei lendo a respeito. Sua origem está relacionada à decomposição de seres orgânicos, especialmente plânctons, tipo adubo natural de baixo teor de oxigênio, também utilizado em jardins. Evidentemente, não como adubo doméstico, afinal a decomposição leva milhões de anos para se acumular em várias camadas no subsolo, isso inclui seus derivados, como o carvão mineral e o gás natural, todos formados pela decomposição de organismos vivos. Todavia, quando falamos sobre o petróleo, muitas pessoas têm a impressão de que essa substância somente apareceu na história com o advento da Revolução Industrial, como se tivesse sido fabricada em série também. Contudo, desde a Antiguidade, temos registros que revelam sobre a existência desse material utilizado em antigas civilizações. Os egípcios, por exemplo, utilizaram até para embalsamar seus mortos. Os povos pré-colombianos também utilizaram o produto em pavimentação de estradas. Na antiga Babilônia, fizeram isso, igualmente. Logicamente, extraíam das rochas de carvão. Porém, em 1850, na Escócia, James Young descobriu que o petróleo podia ser extraído do carvão e xisto betuminoso, criando processos de refinação. Então, em 1859, na Pensilvânia, nos Estados Unidos, as descobertas aumentaram. Nessa ocasião, aliás, foi perfurado o primeiro poço de petróleo do mundo. O nome do sujeito era Edwin Drake, também conhecido como Coronel Drake. Pode-se dizer, ali, que ele foi o primeiro a criar uma técnica de extrair o petróleo do subsolo. A partir daí a coisa engrenou de vez, tornando a produção já em escala industrial, tecnológica.

No Brasil, a existência do petróleo era com base no relato de populares durante os tempos do regime imperial, isso devido à extração de betume nas margens do rio Marau, na Bahia. Nessa época, chamavam o petróleo de lama preta, servindo como combustível de lamparina, inclusive realizaram-se testes e experimentos que atestavam a existência de petróleo nessa localidade. Contudo, (pra variar), ninguém possuía contatos influentes para investir em pesquisa. Na verdade, somente em 1932, o presidente Getúlio Vargas deu início ao achado, de modo que a descoberta foi cercada por uma série de medidas institucionais do governo brasileiro. Em 1938, a discussão sobre o uso e a exploração dos recursos do subsolo brasileiro viabilizou a criação do Conselho Nacional do Petróleo. Em suas primeiras ações, o conselho determinou várias diretrizes com respeito ao petróleo e determinou que a jazida pertencesse à União. Assim, no ano seguinte, o primeiro poço de petróleo foi encontrado no bairro de Lobato, Bahia. Obviamente, novos projetos governamentais saíram em busca de outros campos de petróleo ao longo do território brasileiro. Tanto é que, em 1941, o governo anunciou o campo de exploração petrolífera de Candeias, Bahia. E apesar das descobertas em pequena escala, em 1953, a oficialização do monopólio estatal sobre a atividade petrolífera, criou-se a empresa estatal Petróleo Brasileiro S.A. (Petrobras). Novas medidas ampliaram o grau de atuação da Petrobras na economia brasileira, então a empresa desenvolveu um projeto de extração, iniciando a exploração de petróleo em águas profundas.

Com o passar do tempo, o Brasil tornou-se uma das únicas nações a dominar a tecnologia de exploração petrolífera em águas profundas e ultra profundas. Aí, veja bem, o olho dos acionistas cresceu. Em 1997, durante o governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, uma lei aprovou a extinção do monopólio estatal sobre a exploração petrolífera e permitiu que empresas do setor privado também competissem na atividade. Tal medida visava ampliar as possibilidades de uso dessa riqueza no mercado de ações.

Em 2003, a descoberta de outras bacias estabeleceu um novo período da atividade petrolífera no Brasil. A capacidade de produção de petróleo supriu 90% da demanda por essa fonte de energia e seus derivados no país. Em 2006, esse volume de produção atingiu patamares ainda mais elevados e conseguiu superar, pela primeira vez, o valor da demanda total da nossa economia. A conquista da autossuficiência permitiu o desenvolvimento da economia e o aumento das vagas de emprego. Melhor ainda: no ano de 2007, o governo brasileiro anunciou a descoberta de um novo campo de exploração petrolífera na chamada camada pré-sal, podendo dobrar o volume de produção de óleo e gás de combustível no Brasil. Contudo, diante da especulação do mercado internacional de preços, tal expectativa de lucros foi mais gananciosa no âmbito político e econômico do país. Aliás, isso já vinha ocorrendo na Venezuela, por isso o bloqueio econômico contra Nicolas Maduro. Nessa ocasião, Dilma Rousseff, reeleita presidenta em 2014, acusada de pedalada fiscal, sofreu o golpe parlamentar com apoio da mídia empresarial. Isso porque o Partido dos Trabalhadores mantinha uma política social de governo que, por norma ideológica, delimitaria lucros exorbitantes aos mais ricos, porém, em contrapartida, possibilitaria o desenvolvimento econômico aos mais pobres. Todavia, com apoio dos Estados Unidos, a Lava-Jato entrou em ação para interromper esse processo.

Hoje, isso ficou mais fácil do povo brasileiro perceber. Em 2023, a Petrobras irá completar 70 anos de existência. No entanto, Jair Bolsonaro quer a vender aos grupos privados a preço de banana (a mesma que ele exibia no cercadinho, lembra?), por entender que a empresa não traz lucro, somente dor de cabeça, assim como fora a Eletrobras, a Vale do Rio Doce para FHC, simples assim, não? Consulte, relembre, reflita, porque esta imagem ficará para sempre na História.



[1] Ilha localizada no interior ocidental da Baía de Guanabara, onde se realizam operações de cabotagem, facilitando o transporte de diversos produtos de petróleo.



O VERBO DESISTIR ESTÁ EM VOGA





O VERBO DESISTIR ESTÁ EM VOGA


Volta e meia tenho dúvida com a palavra. Sim, outro dia fui procurar a palavra desistência. Não lembro qual foi o motivo. Bem, não importa isso agora. O importante é a gente sempre acabar descobrindo algo mais. Sim, por exemplo: todo mundo sabe que a palavra desistência vem do verbo desistir. No entanto, possui vários significados similares. Sim, a começar por dar sentido ao ato de abdicação que se deseja, algo do tipo abstinência, renúncia, desinteresse, retratação, não prosseguir em um intento planejado, prescindir voluntariamente, abster-se de algo, enfim, no modo mais popular, dar no pé, abandonar o barco, desistir de uma luta, uma ideia. Até aí, tudo bem, isso vem se repetindo conceitualmente da própria linguagem em questão. Já pelo termo informal, coloquial, em modo mais chulo, o verbo desistir também pode significar defecar, evacuar, caramba, juro que não sabia. Penso que, se tivesse procurado no dicionário impresso, não teria notado, quiçá essa definição nem existisse.

Achei interessante o dicionário de português elaborado pelo Google. São caixas dum vasto dicionário virtual proporcionado por Oxford Languages. As caixas mostram definições de fonte especializada de terceiros e podem incluir imagens, pronúncias, traduções e outras informações também relacionadas com links associados ao nosso idioma. Isso facilita a pesquisa. Muitas vezes uma ideia puxa outra. Isso é comum acontecer em uma conversa, uma leitura ou reflexão, a gente acaba ligando o raciocínio a outra lembrança associada com a palavra da qual estamos pensando ou procurando.

Digo tudo isso porque estava há pouco lendo no jornal manchetes de notícias como estas:

Milton Ribeiro, ministro da educação, desistiu do acesso prévio das questões do Enem; Mamãe Falei desistiu de querer ser governador; o Partido Liberal desistiu de censurar Lollapalooza; Milton Ribeiro, de novo desistiu de continuar como ministro da educação; Luciano Hang desistiu de querer ser senador; deputado Daniel Silveira desistiu de continuar dormindo na câmara; Queiroga desistiu de decretar o fim da pandemia; Eduardo Leite desistiu de ser governador; João Dória desistiu de ser governador, pois é, ele também; Sérgio Moro desistiu de querer ser presidente…

Epa! Suponho que o último nome chamou mais atenção na lista de desistentes. Também me fez pensar nesse troço de associar uma ideia a outra. Que eu ainda me lembre, Sérgio Moro havia desistido antes. Sim, isso mesmo, desistiu de ser juiz para ser ministro da justiça; desistiu de ser ministro da justiça para concorrer ao cargo de presidente, mas logo desistiu. Ainda por associação de ideias, três desistências seguidas lhe dão o direito de pedir musiquinha no Fantástico! Por falar isso, a mídia canalha, a turma cínica, hipócrita, coitada, deve estar exausta de tentar forçar a barra, há de convir que, a essas alturas do campeonato, a 3ª via também já desistiu! Qual é? Todo mundo desistindo? O que está acontecendo? Desse jeito, não dá, não é possível, assim dá nas vistas! Se continuar a lengalenga, também acabarei desistindo de ler jornal, aliás, sinto-me até burro, idiota, imbecil, poxa! Ora, após planejarem tudo, após erguerem um imenso castelo de cartas, longas pautas com mentiras absurdas, uma cafajestada atrás da outra, toda repleta de muita calúnia, injúria, gritaria, alarmismo, dois pesos, duas medidas contra opositores, como os inocentes eleitores manipuláveis vão suportar a ideia de que também foram enganados? Que eu me recorde da época do golpe parlamentar — o golpe está provado e confessado até pelo próprio Temer — a Dilma Rousseff havia declarado que esses políticos que buscam desesperadamente escapar do braço da justiça tomarão o poder unidos aos derrotados nas últimas quatro eleições. Isso porque eles não sabem acender ao governo pelo voto direto! Lembram? De fato, isso é verdade, afinal de contas, duma maneira ou doutra, desde a velha república, os militares sempre se mantiveram no poder. Tanto com o Sarney (período da transição do após Diretas Já), tanto com o Collor (período de contrato de experiência), tanto com o FHC (período de sedimentação conservadora), eles simplesmente continuaram por trás, dando a letra da música que deveria tocar! Entretanto, a partir de Lula (2002), a política dos derrotados ainda precisou suportar mais quatro anos para então tentar reconquistar o poder nas próximas eleições, o que isso não veio acontecer em 2006, quando Lula foi eleito, novamente. Pior: a coisa toda complicou quando a Dilma Rousseff também acabou eleita em 2010 e reeleita em 2014. Nesse sentido, a reviravolta dos vencidos deu início às estratégias partidárias a fim de retomar o poder, embora ainda não houvesse mais o apoio da massa popular. Isso somente acontecia com o apoio midiático devido ao lucrativo patrocínio empresarial, de modo que tudo precisou acontecer em doses homeopáticas, tipo, água mole em pedra dura tanto bate até que fura; ou seja, até que a opinião pública mudasse de opinião. O exemplo disso tudo foi o discurso da presidente Dilma Rousseff após a votação do Senado. Está gravado. São três ou quatro declarações, se não me falha a memória.

Tive um AVC alguns anos atrás, por isso, por via das dúvidas, esclareci a dúvida no YouTube. Isso porque, de tanto ouvir o verbo desistir, lembrei de ela dizer algo justamente ao contrário: que não desistíssemos de nada. Sim, não desistam da luta, ela disse em alto e bom-tom. Esse verbo, portanto, não parte do nosso vocabulário, mas afinal é tudo o que ouço ou leio na mídia, ultimamente. É tudo o que vem acontecendo nesse período de transição governamental. Todos estão desistindo, sem sombra de dúvida, embora um e outro ainda insista em permanecer no poder, custe o que custar o prejuízo da nação. São sobras de golpistas mais sofisticados e informatizados. Ainda tentam me convencer com farsas, Fake News. Uma hora dizem uma coisa, outra hora dizem outra, sem falar nas ameaças das entrelinhas, ora avançando, ora recuando, conforme a situação. Entretanto, não importa o que digam, é o jogo sujo desse caótico governo, por isso não desistirei, é uma luta permanente. Isso exige esforço, muito trabalho, dedicação constante. Aliás, isso me lembra a presidenta acrescentar que a luta contra esse golpe é longa, ainda não terminou, sempre vale a pena lutar pela democracia, jamais desistir de lutar, por isso não desistirei, mesmo que este verbo esteja em voga, mesmo que todo mundo pense o contrário, eu não desistirei.




O BIOTERRORISMO E AS ARMAS QUÍMICAS



No século XIV aconteceu a peste-negra. Tinha esse nome popular porque causava manchas negras na pele das pessoas devido às infecções provocadas pelo bacilo. Também ficou conhecida como a peste bubônica por provocar inchaços infecciosos no sistema linfático, sobretudo nas regiões das axilas, virilha e pescoço. A doença era transmitida por ratos, mas ninguém desconfiava disso. 



Ora, todo rato tem pulga. E tanto os ratos como as pulgas proliferam e transitam por tudo, inclusive nos pelos dos animais de estimação. Naquela época, a higiene não era lá essas coisas. A pulga, então, pulava do pelo animal e circulava também no pelo dos seres humanos. Em consequência disso, o bacilo acabou conduzindo a festa, deitou e rolou geral em vários povoados. 



Nessa época, aliás, como já foi dito, ninguém sabia disso. A ciência biológica ainda não havia se desenvolvido. Simplesmente imaginavam que as causas da doença eram atribuídas a origens sobrenaturais, tipo, castigo de Deus, coisa do demônio, fim do mundo ou coisa parecida. Também culparam os povos estrangeiros, os imigrantes e sobretudo os judeus (felizmente, nessa época ainda não existia o PT), gerando, além da catástrofe natural, grande tensão política e social. 


No entanto, os médicos europeus perceberam que o contágio acontecia por via respiratória e também pelas roupas, por isso eles começaram a usar aqueles aventais e máscaras exóticas, parecidas com bicos de aves. Estranhíssimo. Imagine um paciente delirando em febre, olhando o seu médico à cabeceira ou ao pé da cama. 




Obviamente, os militares se deram conta do perigo, ameaça, e então, acredite, começaram a usar os cadáveres infectados como tática de guerra. Sim, existem consistentes documentos históricos provando isso. Aconteceu em 1346, no início da peste. O exército tártaro, oriundo dos antigos povos que chegaram à Europa Oriental no início do século VII a.C., lançou cadáveres de vítimas da peste-negra sobre a antiga cidade de Kaffa, hoje chamada Teodósia, região da Criméia, na Ucrânia. Enfim, até isso fizeram para ganhar uma batalha, nem os mortos tinham o descanso 'merecido'. 



No século XV o europeu chegou à América. Trouxe na bagagem a varíola e outras doenças infecciosas de lambuja. Em questão de dois séculos e meio, aconte-ceu o pior genocídio indígena no continente das três Américas. 
Evidentemente, entre os próprios europeus, já possuíam defesas de anticorpos bem mais desenvolvidas no organismo. Portanto, pode-se dizer que tratava de contágios não planejados, ou seja, de forma não intencional, isso porque nessa época a medicina não estava tão diferente do século anterior, de modo que as moléstias também atravessavam fronteiras sem dificuldade nenhuma. 



Todavia, algo semelhante ao século XIV aconteceu; quer dizer, não exatamente do mesmo modo de usar cadáver como arma de guerra. Foi no ano de 1767, quando o primeiro genocídio indígena no continente americano aconteceu de maneira intencional. Sim, isso mesmo, pois ainda em guerra contra os povos indígenas, propositalmente os britânicos desencadearam surtos de varíola por meio de 'doações' de cobertores contaminados aos nativos norte-americanos, causando assim a verdadeira epidemia planejada como tática de guerra. 
Entretanto, algo semelhante ao século XIV aconteceu; quer dizer, não exatamente do mesmo modo de usar cadáver como arma de guerra. Foi no ano de 1767, quando o primeiro genocídio indígena no continente americano aconteceu de maneira intencional. Sim, isso mesmo, pois ainda em guerra contra os povos indígenas, propositalmente os britânicos desencadearam surtos de varíola por 'doações' de cobertores contaminados aos nativos norte-americanos, causando assim a verdadeira epidemia planejada como tática de guerra. 


Mas pulando do período dos descobrimentos e colonialismo das Américas, vamos a Seguna Guerra Mundial, quando os nazistas iniciaram os primeiros experimentos com gases venenosos em doentes mentais e deficientes físicos. Os nazistas estavam constantemente buscando métodos bem mais eficientes de extermínio. Em setembro de 1941, no campo de Auschwitz, na Polônia, eles realizaram as primeiras experiências com o gás Zyklon B, envenenando cerca de 600 prisioneiros de guerra soviéticos e 250 prisioneiros enfermos. O Zyklon B, em forma de comprimido, se transformava em gás letal quando entrava em contato com o ar. Por ter ação rápida, foi escolhido para ser o instrumento de extermínio em massa em Auschwitz. Cerca de 6.000 judeus eram mortos diariamente por este gás. 



A partir daí, foi um Deus Nos Acuda porque a guerra química também acabou ganhando dimensões alarmantes. No Vietnã, por exemplo, o Exército dos EUA travou duas guerras: uma contra o Viet Cong e outra contra a natureza: os militares americanos usaram milhões de litros de herbicidas contra a selva onde se escondiam os comunistas e as plantações de arroz que os alimentavam. Quanto a isto, não há dúvidas: alguém ainda se lembra do ‘agente laranja’? Enfim, além do método biológico usado tempos atrás, a guerra química foi o terror dos ataques bélicos mais rápido e eficiente. 


A coisa, porém, ficou pior porque o método biológico fugiu do controle estritamente militar. Nos anos 80, por exemplo, o ataque bioterrorista de Rajneeshee entrou para a história, quando membros de um culto religioso em Oregon (EUA) contaminaram res-taurantes com a bactéria da salmonela, buscando impedir que a população local votasse nas eleições. 
Pois, bem! O bioterrorismo pode ser definido da seguinte maneira: liberação intencional ou ameaça de liberação de agentes biológicos como vírus, bactérias, fungos e outras toxinas, desencadeando doenças e mortes em uma população saudável, animais ou plantações. Por mais mortes que cause, o objetivo do bioterrorista é promover seus objetivos sociais e políticos, causando a sensação de que o governo ou poder local não pode proteger seus cidadãos. 


 
Isso faz pensar seriamente sobre esta questão: será que as epidemias também são causadas por armas biológicas? Esta é uma questão polêmica, pois cada caso é um caso, primeiro precisaa ser analisado de maneira isolada, afinal ainda não existe o consenso de que nenhuma epedemia ou pandemia tenha surgido a partir  da criação de um vírus de em laboratório e que este teria sido espalhado propositalmente. Isso porque seria quase impossível controlar um desses agentes após a criação, cplocando em risco os próprios terroristas, se bem que hoje já existam homens-bombas como agentes suicidas pra cometer esses absurdos.


O consenso é de que o agente infeccioso da covid-19 tenha origem natural e nasceu como uma zoonose. Isso significa que o vírus foi transmitido de um animal silvestre — muito provavelmente um morcego para o hospedeiro intermediário, talvez, o pangolim. Do pangolim, o agente infeccioso infectou seres humanos e se espalhou pelo mundo.  




Atualmente, a Rússia acusou a Ucrânia de tentar esconder a existência de armas biológicas no país, mas não apresentou nenhuma prova da alegação conduzida durante a reunião do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas). Já os Estados Unidos afirmam que a alegação é risível porque a Rússia possui um longo e bem documentado histórico de uso desse recurso bélico. 



Bem, o fato é que estes dois países se acusam mutuamente desde o período da espionagem da guerra fria. Isso vem ocorrendo porque os EUA planejam aumentar a presença militar na Europa Oriental pra “proteger seus aliados contra a Rússia”. Nesse ínterim, quer dizer, atualmente, a jornalista búlgara investigativa, Dilyana Gaytandzhieva, vem publicando nos últimos anos uma série de relatórios reveladores sobre suprimentos de armas contra terroristas na Síria, Iraque e Iêmen. Seu trabalho consiste em documentar crimes de guerra e exportações ilícitas de armas em zonas de guerra em todo o mundo. Segundo ela, o Pentágono já realizou experimento biológico com resultado potencialmente letal em 4.400 soldados na Ucrânia e 1.000 soldados na Geórgia. Uma revelação alarmante, bombástica, diga-se de passagem. 



Ainda, sim, não se pode tirar conclusões precipitadas. Sempre é bom lembrar, cada caso é um caso, mas pelo visto parece que a tática dos tártaros, sim, aquela no ano de 1346 (século XIV), continua em prática até agora. Afinal de contas, considerando a evolução da medicina e bioquímica, faz com que fiquemos com a pulga atrás da orelha, também se perguntando qual dos séculos é o mais bárbaro.


https://jornalggn.com.br/noticia/exclusivo-documentos-expoem-experimentos-biologicos-dos-eua-na-ucrania-e-na-georgia/#:~:text=http%3A//armswatch.com/


OS HERÓIS UCRANIANOS

















O que está acontecendo na Ucrânia pra estes soldados ucranianos quererem postar uma foto como esta? Serão mesmo soldados de verdade, realmente? Será que estes entendem o que realmente aconteceu na Ucrânia? Já são quase 80 anos! Será que esqueceram? De lá pra cá já se passaram mais de três gerações. Será que pousam na foto como se o passado fosse um fato histórico sem relevância? Essa foto não representa o povo ucraniano. Foi caso de vida ou morte para salvar o mundo da praga nazista! Restam poucas pessoas vivas que tenham vivido este conflito mundial.

O exército alemão invadiu a União Soviética a 22 de junho de 1941, iniciando uma guerra que durou quatro anos. No total, o número de ucranianos que lutou no exército soviético foi entre 4,5 e 7 milhões. A maioria dos combates na Segunda Guerra Mundial ocorreu na frente oriental. As hostilidades cobriram toda a Ucrânia e a Bielorrússia, onde a Alemanha perdeu 93% das suas tropas. No território russo ocupado pelas tropas alemãs, foi mantido o sistema soviético de fazendas coletivas sob a forma de quintas repúblicas. Houve um genocídio contra o povo judeu e o resto da população (principalmente ucranianos), tendo muitos sido deportados para trabalhos forçados na Alemanha (mais de 1,5 milhão). Os ucranianos constituíam parte significante do Exército Vermelho, também com liderança. Os ucranianos participaram nas forças armadas da URSS, Canadá, Austrália, Polônia, Checoslováquia, Alemanha e Romênia. O regime de ocupação brutal que os invasores aplicaram na Ucrânia levou a um aumento do sentimento anti germânico na Ucrânia. Uma das consequências imediatas foi o desenvolvimento de movimentos rebeldes soviéticos, partidários e ucranianos nacionalistas no território. Grupos rebeldes e de guerrilheiros controlaram uma grande parte do território e impediram o fornecimento de equipamentos e alimentos para as tropas alemãs. As células de guerrilha mais famosas foram organizadas e operadas na Ucrânia. Nomes de líderes da guerrilha como Kovpak, Vershyhora, Rudnev tornaram-se lendários na história da União Soviética e da Ucrânia. O ataque de guerrilhas entrou na lista das operações militares mais importantes da Segunda Guerra Mundial. A ausência de uma retaguarda confiável através das ações de guerrilheiros ucranianos tornou-se uma das principais razões para a derrota das forças alemãs na Frente Oriental!

Afinal, quem são estes 'soldados'? Não serão caçadores de Likes nas redes sociais? A Ucrânia não merece isso.