O BIOTERRORISMO E AS ARMAS QUÍMICAS



No século XIV aconteceu a peste-negra. Tinha esse nome popular porque causava manchas negras na pele das pessoas devido às infecções provocadas pelo bacilo. Também ficou conhecida como a peste bubônica por provocar inchaços infecciosos no sistema linfático, sobretudo nas regiões das axilas, virilha e pescoço. A doença era transmitida por ratos, mas ninguém desconfiava disso. 



Ora, todo rato tem pulga. E tanto os ratos como as pulgas proliferam e transitam por tudo, inclusive nos pelos dos animais de estimação. Naquela época, a higiene não era lá essas coisas. A pulga, então, pulava do pelo animal e circulava também no pelo dos seres humanos. Em consequência disso, o bacilo acabou conduzindo a festa, deitou e rolou geral em vários povoados. 



Nessa época, aliás, como já foi dito, ninguém sabia disso. A ciência biológica ainda não havia se desenvolvido. Simplesmente imaginavam que as causas da doença eram atribuídas a origens sobrenaturais, tipo, castigo de Deus, coisa do demônio, fim do mundo ou coisa parecida. Também culparam os povos estrangeiros, os imigrantes e sobretudo os judeus (felizmente, nessa época ainda não existia o PT), gerando, além da catástrofe natural, grande tensão política e social. 


No entanto, os médicos europeus perceberam que o contágio acontecia por via respiratória e também pelas roupas, por isso eles começaram a usar aqueles aventais e máscaras exóticas, parecidas com bicos de aves. Estranhíssimo. Imagine um paciente delirando em febre, olhando o seu médico à cabeceira ou ao pé da cama. 




Obviamente, os militares se deram conta do perigo, ameaça, e então, acredite, começaram a usar os cadáveres infectados como tática de guerra. Sim, existem consistentes documentos históricos provando isso. Aconteceu em 1346, no início da peste. O exército tártaro, oriundo dos antigos povos que chegaram à Europa Oriental no início do século VII a.C., lançou cadáveres de vítimas da peste-negra sobre a antiga cidade de Kaffa, hoje chamada Teodósia, região da Criméia, na Ucrânia. Enfim, até isso fizeram para ganhar uma batalha, nem os mortos tinham o descanso 'merecido'. 



No século XV o europeu chegou à América. Trouxe na bagagem a varíola e outras doenças infecciosas de lambuja. Em questão de dois séculos e meio, aconte-ceu o pior genocídio indígena no continente das três Américas. 
Evidentemente, entre os próprios europeus, já possuíam defesas de anticorpos bem mais desenvolvidas no organismo. Portanto, pode-se dizer que tratava de contágios não planejados, ou seja, de forma não intencional, isso porque nessa época a medicina não estava tão diferente do século anterior, de modo que as moléstias também atravessavam fronteiras sem dificuldade nenhuma. 



Todavia, algo semelhante ao século XIV aconteceu; quer dizer, não exatamente do mesmo modo de usar cadáver como arma de guerra. Foi no ano de 1767, quando o primeiro genocídio indígena no continente americano aconteceu de maneira intencional. Sim, isso mesmo, pois ainda em guerra contra os povos indígenas, propositalmente os britânicos desencadearam surtos de varíola por meio de 'doações' de cobertores contaminados aos nativos norte-americanos, causando assim a verdadeira epidemia planejada como tática de guerra. 
Entretanto, algo semelhante ao século XIV aconteceu; quer dizer, não exatamente do mesmo modo de usar cadáver como arma de guerra. Foi no ano de 1767, quando o primeiro genocídio indígena no continente americano aconteceu de maneira intencional. Sim, isso mesmo, pois ainda em guerra contra os povos indígenas, propositalmente os britânicos desencadearam surtos de varíola por 'doações' de cobertores contaminados aos nativos norte-americanos, causando assim a verdadeira epidemia planejada como tática de guerra. 


Mas pulando do período dos descobrimentos e colonialismo das Américas, vamos a Seguna Guerra Mundial, quando os nazistas iniciaram os primeiros experimentos com gases venenosos em doentes mentais e deficientes físicos. Os nazistas estavam constantemente buscando métodos bem mais eficientes de extermínio. Em setembro de 1941, no campo de Auschwitz, na Polônia, eles realizaram as primeiras experiências com o gás Zyklon B, envenenando cerca de 600 prisioneiros de guerra soviéticos e 250 prisioneiros enfermos. O Zyklon B, em forma de comprimido, se transformava em gás letal quando entrava em contato com o ar. Por ter ação rápida, foi escolhido para ser o instrumento de extermínio em massa em Auschwitz. Cerca de 6.000 judeus eram mortos diariamente por este gás. 



A partir daí, foi um Deus Nos Acuda porque a guerra química também acabou ganhando dimensões alarmantes. No Vietnã, por exemplo, o Exército dos EUA travou duas guerras: uma contra o Viet Cong e outra contra a natureza: os militares americanos usaram milhões de litros de herbicidas contra a selva onde se escondiam os comunistas e as plantações de arroz que os alimentavam. Quanto a isto, não há dúvidas: alguém ainda se lembra do ‘agente laranja’? Enfim, além do método biológico usado tempos atrás, a guerra química foi o terror dos ataques bélicos mais rápido e eficiente. 


A coisa, porém, ficou pior porque o método biológico fugiu do controle estritamente militar. Nos anos 80, por exemplo, o ataque bioterrorista de Rajneeshee entrou para a história, quando membros de um culto religioso em Oregon (EUA) contaminaram res-taurantes com a bactéria da salmonela, buscando impedir que a população local votasse nas eleições. 
Pois, bem! O bioterrorismo pode ser definido da seguinte maneira: liberação intencional ou ameaça de liberação de agentes biológicos como vírus, bactérias, fungos e outras toxinas, desencadeando doenças e mortes em uma população saudável, animais ou plantações. Por mais mortes que cause, o objetivo do bioterrorista é promover seus objetivos sociais e políticos, causando a sensação de que o governo ou poder local não pode proteger seus cidadãos. 


 
Isso faz pensar seriamente sobre esta questão: será que as epidemias também são causadas por armas biológicas? Esta é uma questão polêmica, pois cada caso é um caso, primeiro precisaa ser analisado de maneira isolada, afinal ainda não existe o consenso de que nenhuma epedemia ou pandemia tenha surgido a partir  da criação de um vírus de em laboratório e que este teria sido espalhado propositalmente. Isso porque seria quase impossível controlar um desses agentes após a criação, cplocando em risco os próprios terroristas, se bem que hoje já existam homens-bombas como agentes suicidas pra cometer esses absurdos.


O consenso é de que o agente infeccioso da covid-19 tenha origem natural e nasceu como uma zoonose. Isso significa que o vírus foi transmitido de um animal silvestre — muito provavelmente um morcego para o hospedeiro intermediário, talvez, o pangolim. Do pangolim, o agente infeccioso infectou seres humanos e se espalhou pelo mundo.  




Atualmente, a Rússia acusou a Ucrânia de tentar esconder a existência de armas biológicas no país, mas não apresentou nenhuma prova da alegação conduzida durante a reunião do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas). Já os Estados Unidos afirmam que a alegação é risível porque a Rússia possui um longo e bem documentado histórico de uso desse recurso bélico. 



Bem, o fato é que estes dois países se acusam mutuamente desde o período da espionagem da guerra fria. Isso vem ocorrendo porque os EUA planejam aumentar a presença militar na Europa Oriental pra “proteger seus aliados contra a Rússia”. Nesse ínterim, quer dizer, atualmente, a jornalista búlgara investigativa, Dilyana Gaytandzhieva, vem publicando nos últimos anos uma série de relatórios reveladores sobre suprimentos de armas contra terroristas na Síria, Iraque e Iêmen. Seu trabalho consiste em documentar crimes de guerra e exportações ilícitas de armas em zonas de guerra em todo o mundo. Segundo ela, o Pentágono já realizou experimento biológico com resultado potencialmente letal em 4.400 soldados na Ucrânia e 1.000 soldados na Geórgia. Uma revelação alarmante, bombástica, diga-se de passagem. 



Ainda, sim, não se pode tirar conclusões precipitadas. Sempre é bom lembrar, cada caso é um caso, mas pelo visto parece que a tática dos tártaros, sim, aquela no ano de 1346 (século XIV), continua em prática até agora. Afinal de contas, considerando a evolução da medicina e bioquímica, faz com que fiquemos com a pulga atrás da orelha, também se perguntando qual dos séculos é o mais bárbaro.


https://jornalggn.com.br/noticia/exclusivo-documentos-expoem-experimentos-biologicos-dos-eua-na-ucrania-e-na-georgia/#:~:text=http%3A//armswatch.com/