O VOTO RESPONSÁVEL

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O título também parece um clichê. Até pode ser verdade se considerarmos o voto do portador do respectivo título de eleitor não ser levado a sério também. No entanto, não é bem assim. Não faz muito tempo que esse documento oficial voltou à baila para poder se escolher o presidente da república. Foi depois das Diretas Já, não foi? Sim, em seguida, José Sarney, o então vice de Tancredo Neves, assumiu o mandato eletivo promovido pelo colégio eleitoral no congresso parlamentar de ocasião, isso após o fim da ditadura militar. A partir de então, a eleição voltou a ser exclusivamente de responsabilidade do eleitor. Tanto foi assim que o primeiro presidente escolhido pelo voto popular foi Fernando Collor de Mello; este, porém, governou por apenas 100 dias devido ao impeachment; então, o vice, Itamar Franco, assumiu o mandato até o fim, havendo novas eleições na sequência do novo regime. Já o segundo eleito foi Fernando Henrique Cardoso; este, no que lhe concerne, teve êxito, conseguiu governar o país e acabou reeleito. Isso também veio acontecer com Luiz Inácio Lula da Silva, governando por dois mandatos consecutivos, o qual indicou Dilma Rousseff para substituí-lo na eleição seguinte. Ela foi eleita e, após 4 anos, também foi reeleita, porém, acabou sofrendo impeachment na metade do mandato; o que, aliás, a sociedade brasileira soube se tratar de uma armação, de um golpe parlamentar, assumindo o vice, Michael Temer, conduzindo o seu mandato até as novas eleições. Nessa sequência, venceu Jair Bolsonaro, haja vista que seu adversário, Luiz Inácio Lula da Silva, favorito nas urnas, vítima de Lawfare, consequentemente ficara fora das eleições. Jair Bolsonaro, vitorioso, agora terminará seu mandato, então novas eleições ocorrerão antes do fim do ano. Pois, bem! Desde a primeira eleição, até agora, já se passaram 22 anos. Jair Bolsonaro pretende se reeleger para governar o país por mais 4 anos; por isso, mais uma vez, entra o voto responsável do eleitor através do credenciamento eleitoral, ou seja, o citado título de eleitor que propiciará o próximo candidato a preencher a vaga de presidente. Isso requer uma boa avaliação pelo histórico pragmático dos candidatos. O governo atual, com seus ministros, secretários, bem como os esforços dos senadores e deputados de sua legenda ideológica para aprovação de projetos na linha de seu pensamento político de lá até aqui continua acontecendo, sim, continua fresquinha na memória do eleitor, basta recordar palavras como estas, por exemplo: o auxílio-moradia eu usava pra comer gente; pra mim, vale mais a questão ideológica do que a corrupção; vamos fuzilar a petralhada; ela não merece ser estuprada porque ela é muito ruim, ela é muito feia, não faz meu gênero, jamais a estupraria; não sou coveiro; não sou cachorro pra descavar osso; cala a boca, quem manda aqui sou eu; é só uma gripezinha, além de que todo mundo morre um dia; a gente lamenta todos os mortos, mas é o destino de todo mundo; isso, evidentemente são apenas algumas poucas frases citadas em diversas entrevistas, não faz tanto tempo assim; ou, então, frases do seu ministro da economia, ao dizer que a empregada doméstica não deveria ir pra Disney; os filhos dos porteiros não deveriam cursar a faculdade; os restos de comida deveriam ser parte de programa social; nós já botamos a granada no bolso inimigo; qual é o problema da energia ficar mais cara; ou, caso ainda seja difícil lembrar, tem mais o exemplo do ex-ministro do meio ambiente, ao citar sua mais famosa frase sobre as queimadas da floresta Amazonas: a gente deveria aproveitar a pandemia pra passar a boiada. Enfim, são muitas frases e pouco ou mesmo quase nada de serviço. 

No entanto, se o eleitor já esqueceu ou ainda tiver dúvida, ou mesmo certa dificuldade de memória para conferir a trajetória desses 4 anos, não tem problema. Existe vastíssimo material de checagem de registros e tantos outros históricos para melhor decidir. Basta consultar o Google, YouTube, Facebook, twitter, Instagram, etc., mas verifica a fonte, a procedência, não há como o eleitor não ficar sabendo de tudo. Nesse caso, convém buscar comparações, fontes seguras, de inteira confiabilidade. Não dar ouvidos àquelas notícias ou reportagens exaustivamente desmentidas, afinal todo cuidado é pouco quando se trata de fake news, cuja ferramenta, de fato, está sendo sofisticadíssima, a ponto de confundir ou enganar a cabeça de milhares de eleitores despreparados ou mesmo inexperientes. 

Enfim, o mais importante é saber escolher o próximo presidente sem precisar se arrepender depois. Ainda mais quando já se sabe do estrago causado no país, afinal, é preciso refletir que pelo menos se deve garantir um futuro melhor para as futuras gerações, de fato isso depende de nós, o voto responsável parte de cada um, não se deve brincar com isso não.