7 de jun. de 2025

LULA E O SILÊNCIO DOS DESDENHOSOS

 

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Lula e o Silêncio dos Desdenhosos.



Em Paris, onde a luz do sol se mistura com o peso da história, o presidente Lula caminhou nesta semana não como um mero visitante, mas como um estadista cuja voz ainda ecoa em fóruns globais. Recebido por Macron, discutindo clima, pobreza e multipolaridade, o brasileiro ocupou espaços que, em outros tempos, eram reservados apenas às potências de sempre. No entanto, enquanto isso, do outro lado do Atlântico, parte da imprensa brasileira tratou o fato com um silêncio quase cúmplice, quando não com um desdém mal disfarçado.


Não é de hoje que certos veículos trocam o jornalismo pela caricatura. Se Lula fosse um presidente alinhado aos seus interesses, cada aperto de mão em Paris seria manchete, cada discurso seria esmiuçado como “grandeza diplomática”. Mas como se trata de um líder que ousa pensar o mundo para além das redações de alguns jornais, o tratamento é outro: notas breves, contextualização rasa ou, pior, a completa ausência de destaque.


O curioso é que, enquanto o Brasil assiste a essa cobertura míope, a imprensa europeia registrou a passagem de Lula com a devida importância. Le Monde, Libération e até o rigoroso Financial Times destacaram seu papel nas discussões sobre o meio ambiente e a governança global. Aqui, porém, alguns preferem falar mais de supostos deslizes ou reduzir a visita a um “passeio”.


Paris, cidade que já viu tantas revoluções, talvez não se impressione com o pequeno teatro da má-fé jornalística. Mas o Brasil, que precisa enxergar seu lugar no mundo, merecia uma imprensa que informasse, não que escolhesse seus heróis e vilões conforme a pauta ideológica do dia. Enquanto Lula falava de soberania e cooperação, aqui se cultivava o silêncio — e não há maior desprezo do que ignorar um homem que, goste-se ou não, ainda move o mundo.


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