SEGUNDA NOTA




AVISO

Todos os escrevinhados deste autor que vos fala nestas linhas do blogguer, salvo aviso de segunda hora, obviamente declara ser obra literária de ficção; portanto, qualquer semelhança com fatos do vasto mundo real, que fique bem claro se tratar de coincidência com fatos do mundo da ficção, isto é, sendo tudo fruto da imaginação!

CONVERSAS QUASE LÍRICAS (I)




























Perdoa os dias tristes 
Nada tem graça de ver
A vida correr, desaparecer
Levando da vida o nosso desviver
Posto que o sol, lá no horizonte
Também pouco se importa amanhecer.

QUASE LÍRICO SE NÃO FOSSE FILOSÓFICO






























De qual maneira eu saber
De onde vim, para aonde vou
Se o céu, as estrelas
A imensidão do mistério
Sem começo sem fim
Ser a sorte do acaso
Da gente estar aqui
Nesse encontro orbital…

ELEGIA DO EXISTENCIALISMO






















Minha fé não é tanta
Se minha fosse tanta
Algo de mim se perderia
Como se perde a vida na morte
Sem saber do mistério
Dessa náusea que me consome
Donde tudo termina sem começar.
Sim, minha fé não é tanta
Pois se fosse tanta fé
O mistério não seria o meio
Não haveria início
Nem a necessidade do fim
Porque não existiria o nada
Nem o nada de mim.

O GRITO DO IPIRANGA

Estava passando de carro pela marginal
Vindo lá da estrada de Santos…
Por acaso não ouviram lá do Ipiranga
Às margens plácidas poluídas
Um brado retumbante?
Sim, por mais de uma vez, escutei gritando:
— Canalhas! Canalhas! Canalhas!